Resumo: A unidade de terapia intensiva (UTI) é caracterizada pela existência de equipamentos de alta tecnologia e por um processo contínuo de capacitação, para a qual são necessários profissionais com grande diferenciação de conhecimento e habilidade. Com o avanço destas inovações clínicas, tecnológicas e medicamentosas é necessário a incorporação do farmacêutico na equipe multidisciplinar, com o propósito de melhorar desfechos terapêuticos. O objetivo foi realizar a intervenção farmacêutica nos pacientes internos em uma UTI adulto. Metodologia: O estudo foi longitudinal e realizado na UTI do Hospital Regional de Trauma de Campina Grande, por um período de 12 meses, de Novembro/2014 a Outubro/2015. Os dados foram analisados por meio de técnica de estatística descritiva. Resultados e Discussão: Foram acompanhados 26 pacientes, que utilizaram em média 16,26 medicamentos, destes 25 apresentaram interações medicamentosas num total de 70, com severidade de efeito grave e contraindicada. Foi identificada incompatibilidade medicamentosa em 18 dos pacientes acompanhados. Realizou-se 43 intervenções destas 29 (67,4%) foram aceitas, 13 (30,2%) não aceitas e apenas 1 (2,4%) não foi identificado o resultado. De acordo com as intervenções, 24 (55,8%) representaram os problemas resolvidos e 19 (44,2%) os não resolvidos. Conclusão: Colaborou-se com a melhora da qualidade de vida dos pacientes, resolvendo e evitando os problemas relacionados com os medicamentos, diminuindo as interações medicamentosas e promovendo uma orientação a equipe multiprofissional com a aceitação das intervenções farmacêuticas pelos os médicos e enfermeiros. Foi com isso, desenvolvido a verdadeira função do farmacêutico, com um compromisso real e humanizado frente aos pacientes.