Um dos grandes problemas que expõe o paciente quanto a segurança em ambiente hospitalar é o risco de adquirir infecções relacionadas a assistência a saúde, uma vez que pacientes hospitalizados são vulneráveis pelo estado de saúde debilitado que se encontram, além dos diversos procedimentos que são realizados que favorecem para que os microrganismos oportunistas se instalem. Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo conhecer a ocorrência das IRAS e os antimicrobianos utilizados por pacientes internados em um hospital sentinela, notificados no ano de 2015. O estudo foi do tipo transversal, com abordagem quantitativa, retrospectivo com pacientes internados em todos os setores de um hospital que faz parte da Rede de Hospitais Sentinela da ANVISA, localizado no município de Campina Grande-PB. As variáveis disponíveis para o estudo foram: sexo, quantitativo de infeção por setor do hospital, tipos de IRAS, óbito e quantitativo de antimicrobianos. Foram analisadas 224 infecções notificadas pela CCIH, sendo 165 pacientes acometidos com IRAS. Em relação a infecção por topografia, a maior prevalência foi na topografia respiratória, com um total de 40,2%, seguida de infecção do trato urinário 20,1%. A UTI adulto foi que apresentou o maior percentual, assumindo 25% do total de infecção, seguida das Alas D (clínica masculina) e A (clínica cirúrgica), ambas com 16%. A UTI neonatal obteve 1%, sendo o menor percentual de todos os setores. Quanto aos antimicrobianos administrados o Meropenem foi utilizado em 49 % das infecções notificadas, seguida da Vancomicina, registrando 40 % de utilização. Ficou evidenciado que os resultados obtidos não apresentou discrepância significativa quando comparado aos estudos já existentes em relação ao tema. Quanto aos antimicrobianos, 49% das infecções foi prescrito um antibiótico de amplo espectro (Meropenem), destaca-se que este indicador é significativo para uma reflexão das práticas de saúde.