A diagnose sexual a partir da análise de restos ósseos humanos é um elemento essencial para o estudo da Antropologia e da Medicina Forense. Os ossos mais utilizados para essa investigação são pelve e crânio, porém, em alguns casos estão danificados ou não são encontrados, necessitando assim de alternativas que facilite a diagnose do sexo. A clavícula apresenta um formato em “S” articulando-se com o acrômio da escápula através da extremidade lateral e com o manúbrio do esterno através da extremidade medial. Como a clavícula sofre diferentes forças mecânicas e por ser cede da origem muscular de alguns músculos e ligamentos, objetivou-se verificar se a clavícula masculina difere da feminina quanto a alguns parâmetros morfométricos, podendo assim servir como um elemento ósseo alternativo que facilite a identificação do sexo. Foram analisados 50 pares de clavículas, sendo essas, 24 masculinas e 26 femininas, retiradas do acervo do Laboratório de Anatomia do Centro Acadêmico de Vitória e do campus de Recife da UFPE. Foram consideradas as seguintes medidas em cada antímero: comprimento máximo (CM), altura (AEA) e largura da extremidade acromial (LEA), altura (AEE) e largura da extremidade esternal (LEE), comprimento da impressão do ligamento costoclavicular (CILC) e circunferência da parte média da diáfise (CMD). Os dados foram analisados e submetidos ao teste t de Student e Mann Whitney. Os resultados mostraram que a clavícula pode ser um elemento ósseo alternativo para determinação do sexo na ausência de outros ossos importantes como crânio e pelve.