O direito de crianças e de adolescentes de continuar desfrutando da escolarização durante a hospitalização é garantido em lei, apesar disso, a violação desses direitos é um fato diário no Brasil. Nosso objetivo foi identificar a concepção dos gestores da educação e da saúde e dos profissionais de saúde acerca da escolarização da criança/adolescente durante a hospitalização.Utilizou-seuma abordagem qualitativa do tipo exploratório descritiva. O material empírico foi produzido por meio de entrevista semiestruturadaem dois hospitais na Paraíba durante Abril até Agosto de 2011. Os sujeitos da pesquisa foram 7 gestores e 6 profissionais. Para a interpretação do material empírico utilizamos a análise temática, sendo identificada a seguinte categoria: Atendimento Pedagógico Hospitalar: percepção de gestores e profissionais. Isto revelou que a hospitalização é considerada momento que faz a criança/adolescente vivenciar experiências dolorosas devido ao afastamento da rotina diária. Gestores, por vezes, não acreditam que a família reconheça a importância da educação para a vida de seus filhos. A percepção limitada diante da possibilidade de continuidade do processo de formação cognitiva e intelectual demonstra falta de conhecimento e de sensibilidade de alguns gestores e profissionais. Diante disso, inferimos que, os problemas enfrentados por crianças e adolescentes têm urgência em serem resolvidos, evitando assim o agravamento da situação e os prejuízos. A inexistência da classe hospitalar é fato, se faz necessária uma discussão presencial que culmine na efetivação dessa estratégia. Acreditamos que a vontade política e o olhar holístico dos gestores poderão se consolidar na implementação dessas políticas públicas.