Introdução A Doença Renal Crônica (DRC) emerge em anos recentes como um sério problema de saúde pública nas populações contemporâneas, sendo considerada uma “epidemia” de crescimento alarmante. Em 2007, estimava-se que existiam mais de 2 milhões de brasileiros portadores de algum grau de disfunção renal. A doença renal crônica traz consigo uma série de questões que marcam a vida do indivíduo, a partir do diagnóstico, sendo comuns as manifestações psíquicas acarretando alterações na interação social e desequilíbrios psicológicos, não somente do paciente como também da família que o acompanha. Objetivos Analisar produções científicas que abordem a situação atual da DRC no país e quais impactos a mesma tem a acarretado a sociedade como um todo. Metodologia Foi realizado uma revisão sistemática de relatos de casos indexados nas bases de dados PubMed, SciELO, LILACS e MEDLINE com os seguintes descritores: doença renal crônica, atenção primária, impacto social. Resultados e Discussão Foram encontradas 34 referências, das quais 22 obedeciam aos critérios de inclusão utilizou-se como fontes bibliográficas artigos científicos no recorte histórico de 9 anos compreendidos nos anos de 2004 a 2013, período esse de pesquisas relevantes a cerca da doença renal crônica e seus desdobramentos. Observa-se que a doença renal crônica caracteriza-se como uma doença que leva a perda progressiva e irreversível dos rins, assim o portador da DRC, sente-se limitado e impotente diante da doença e como resposta comum a tal quadro, inúmeras vezes se recusa a seguir tratamento o que se configura como fator agravante. Sendo assim o entendimento dos desafios e perspectivas da doença renal crônica leva a possibilidade de métodos cada vez mais eficazes de tratamento e prevenção o que reflete positivamente nos impactos causados pela DRC, tanto na vida pessoal do indivíduo acometido pela doença, quanto nas esferas econômicas e sociais que são constantemente atingidas pelas limitações causadas por doenças crônicas em sua população. A atenção primária deve receber incentivos técnicos e humanísticos com o intuito de capacitar os profissionais no que diz respeito ao diagnóstico da doença, assim como a continuidade do tratamento. Através do conhecimento adquirido pelos profissionais da atenção primária, a atividades de promoção da saúde caracterizar-se-ão como ferramentas indispensáveis do cotidiano dos pacientes e familiares. Conclusão Conclui-se que os pacientes com doença renal crônica, frente à impossibilidade de cura, necessitam da assistência primária operando de acordo com os princípios estabelecidos, uma vez que não são apenas as alterações fisiológicas e anatômicas que se fazem presente na vida dos mesmos, sendo as alterações psíquicas e emocionais marcadamente presentes, principalmente na fase inicial de adaptação imposta pelo novo estilo de vida que deve ser adotado pelo indivíduo com DRC.