O aumento da incidência do diabetes tipo 2 na infância e adolescência é uma tendência mundial. Além dos fatores de risco predisponentes para a doença, as alterações, nos últimos anos, no estilo de vida têm cooperado para incrementar esses índices. O sedentarismo e as modificações do hábito alimentar têm contribuído para a epidemia da obesidade infantil. Essa doença na criança e no adolescente é semelhante à do adulto, tendo como características a resistência à insulina e as alterações nas células beta pancreáticas. O hormônio do crescimento (HC) parece ser, pelo menos em parte, o responsável pelo aumento da resistência à insulina observada na puberdade. O HC atua na redução da captação de glicose pelos tecidos, aumento da secreção de insulina e aumento da produção de glicose pelo fígado, o que resulta na diminuição da sensibilidade à insulina. O efeito da ação androgênica, característica da puberdade, constitui alvo de discussão. Por fim, o quadro clínico de pacientes púberes com dm tipo 2 deve ser avaliado com mais cautela, sempre considerando as variações dos níveis de HC e seus efeitos. Diante disso, este estudo visa identificar as relações entre a resistência à insulina na puberdade e o HC, relacionando com a diabetes mellitus 2.