O desenvolvimento de novos sistemas de liberação de fármacos vem crescendo concomitantemente com o avanço da tecnologia e são de suma importância para obter um efeito terapêutico de uma maneira eficiente. Entre estes sistemas encontram-se as micropartículas que apresentam granulometria micrométricas (1-1000 µm). A microencapsulação compreende um conjunto de técnicas a qual possibilita que o fármaco seja encapsulado com diversos tipos de polímeros e dessa forma ofereçam uma série de vantagens tais como: proteção do material encapsulado frente à presença de umidade e oxigênio, capacidade de minimizar efeitos adversos, possibilidade de mascarar características organolépticas desagradáveis e capacidade de modular as taxas de liberação do fármaco. A goma de cajueiro é um heteropolissacarídeo complexo exsudado de árvores de cajueiro (Anacardium occidentale L.), o nordeste, mais precisamente o estado da Paraíba, apresenta grande potencial em plantação do cajueiro e desta forma apresenta-se como uma potencial alternativa de renda para pequenos agricultores em períodos de entre safra. A goma de cajueiro apresenta características físico-químicas que podem ser úteis na obtenção de novos insumos farmacêuticos e formas farmacêuticas. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo desenvolver micropartículas a base da goma de cajueiro através do método de reticulação polimérica interfacial usando o trimetafosfato de sódio como agente reticulante. Através desse método foram produzidas micropartículas com a forma predominantemente esféricas e bem distribuídas individualmente. Na caracterização dessas micropartículas foram utilizados parâmetros como pH, granulometria, estabilidade e velocidade de agitação. Este trabalho comprovou que é possível produzir micropartículas da goma de cajueiro através do método descrito.