Este artigo tem como objetivo analisar, por meio de um estudo comparativo, algumas das especificidades e analogias existentes entre três importantes programas de formação de alfabetizadores de crianças, coordenados pelo MEC: o Programa de Formação de Alfabetizadores (PROFA), criado em 2001; o Pró-Letramento, lançado em 2005 e o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) – implantado em 2012. A metodologia de pesquisa utilizada é qualitativa do tipo bibliográfica e documental, com o uso do método de análise de conteúdo. A análise dos programas revelou-nos que o PROFA, PRÓ-LETRAMENTO e PNAIC são estruturados sob a lógica de padronização internacional de políticas, seguindo os princípios de focalização e descentralização. São programas compensatórios, que, apesar de utilizarem denominações diferentes para os modelos de formação adotados, apresentam em comum um conceito de formação centrado na prática docente, esta baseada na teoria da epistemologia da prática. A reflexão, eixo estruturador do processo de aprendizagem dos professores, é apresentada na dimensão individual, voltada, sobretudo, ao mundo privado da aula. Nessa direção, os professores são vistos como práticos reflexivos.