PINTO, Pamella Nery et al.. As relações étnicorraciais no ensino da matemática. Anais VII EPBEM... Campina Grande: Realize Editora, 2012. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/1319>. Acesso em: 12/12/2024 04:01
Este artigo resultou de uma pesquisa realizada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, em uma oficina intitulada “Matematizando as relações Etnicorraciais” ministrada pelos alunos do curso de Licenciatura em Matemática no 2º Seminário de Diversidades e Questões Etnicorraciais, desenvolvida com os discentes dos cursos de graduação do IFPA. A partir da problemática do preconceito e da discriminação racial presente em nossa sociedade e da proposta de trabalhar esses temas com a Matemática elaboramos jogos que criassem uma relação entre esses temas, como o jogo da memória onde utilizamos símbolos matemáticos que expressam significado similar a termos utilizados dentro das relações etnicorraciais como por exemplo o símbolo matemático = (igual) relacionado ao termo igualdade social e o jogo de quebra-cabeça onde as peças unidas formavam uma imagem e um poema falando a respeito de questões como preconceito, liberdade, entre outros e para conseguir as peças os alunos tinham que responder corretamente o desafio matemático proposto a ele. O objetivo desses jogos foi de conscientizar e aos poucos eliminarmos o preconceito existente na sala de aula, mostrando que o importante é o respeito mútuo que todo indivíduo merece independente de raça, crença ou status social pois todos possuem o mesmo potencial, só depende do esforço de cada um. Os resultados obtidos foram significativos e mostraram o quanto é viável o uso de jogos como recurso didático, na construção do conhecimento dos alunos, já que os jogos são uma ferramenta que auxilia a construção do conhecimento matemático promovendo a interação social dos alunos. A oficina foi uma demonstração de como se trabalhar as Relações Étnicorraciais durante as aulas de Matemática no Ensino Fundamental e Médio abordando a implementação da Lei 10.639/2003 que tem como finalidade a inclusão do Ensino da História e Cultura Africana e mostrando aos alunos em sala de aula que devemos nos posicionar contra essas situações de preconceito e discriminação sendo cidadãos críticos em nossa sociedade.