Introdução: Cirurgia cardíaca é um processo de restauração das capacidades vitais, compatíveis com a capacidade funcional do coração previamente acometido por doenças cardíacas, porém o procedimento não está livre de complicações. Estas têm relação com fatores ligados à condição clínica e co-morbidades do paciente e ao tipo de procedimento cirúrgico, o que torna importante conhecer as características desse paciente para se evitar e/ou minimizar essas complicações. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional do tipo quali-quantitativo utilizando dados dos prontuários de pacientes do período de Agosto de 2012 a Julho de 2013. Foram usadas médias e desvio-padrão, bem como frequências relativas e absolutas para as variáveis categóricas através do software estatístico SPSS (versão 20.0). Resultados e discussão: Foram encontrados 59 paciente, sendo 9 excluídos. A média de idade foi de 61,18 ± 11,20 anos, a maioria de sexo masculino (62%), com diagnóstico mais frequente de Síndrome Coronária Aguda. O tipo mais comum de cirurgia foi a de Revascularização do Miocárdio (58%), o tempo de internação teve média de 38,74 ±27,00 dias e as complicações mais comuns foram pneumonia e fibrilação atrial, com 12% e 8% respectivamente. Conclusão: Pode-se perceber um perfil grave dos pacientes, confirmando importância e necessidade no conhecimento e controle dos fatores de risco associados, principalmente aos relacionados aos hábitos de vida, como HAS e tabagismo, que podem ser modificados para que seja possível evitar e/ou diminuir as complicações comuns a esses tipos de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca.