Importantes mudanças vêm ocorrendo na estrutura etária da população brasileira no tocante ao público de idosos, junto a essa constatação o sistema de saúde se revela como ponte importante nas ações de promoção e efetivação das condições de saúde desses usuários. Dentre os serviços e ações de saúde, gostaríamos de destacar a atenção básica como importante porta de entrada do usuário no Sistema Único de Saúde (SUS) e centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde que atua com base num conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, a reabilitação e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. Neste sentido, o referido estudo tem como pressuposto refletir sobre a importância do acompanhamento do idoso pela atenção básica e destacar que ações dessa natureza revela o estabelecimento de laços relevantes sobre a rede de atenção à saúde e o cuidado ao idoso. Trata-se de um recorte de uma pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa e quantitativa, na qual se buscava investigar o acompanhamento do idoso pela atenção básica de saúde. Para tanto, foi realizada a aplicação de um formulário semiestruturado, com perguntas objetivas e subjetivas. A coleta de dados foi realizada nas unidades de internamento do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), durante o período de outubro de 2014 a fevereiro de 2015. A análise dos dados se deu por estatística básica simples e tabulados na ferramenta da Microsoft Office Excel® para fácil visualização dos resultados numéricos. A pesquisa obedeceu aos preceitos da ética vigente e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley sob o CAAE nº 34873614.0.0000.5183. Diante dos resultados da pesquisa é possível perceber que a maioria dos idosos (64%) tem o acompanhamento regular pela atenção primária de saúde. Isso revela que esses indivíduos estão inseridos no processo de cuidado em meio as demandas e necessidades advindas do processo de envelhecimento. Assim, os idosos ao serem acompanhados pela atenção primária de saúde estão consequentemente resguardados pelo processo de prevenção e estão dentro de um conjunto de ações realizadas pelos profissionais de saúde. No entanto, outra parcela (32%) aponta não ser acompanhada por este serviço de saúde e os demais (4%) não sabem se são acompanhados pela atenção primária. Embora os dados revelem essa parcela da população idosa que não tem acompanhamento ou não sabe se tem, ratifica-se que preferencialmente o usuário deve ter como principal porta de entrada nos serviços de saúde a atenção primária como forma de prevenção e promoção. Portanto, a atenção básica desenvolve um importante papel no tocante a saúde do idoso, no entanto as ações precisam estar em constante acompanhamento e interligadas com as características de saúde desses usuários idosos.