A pandemia da Covid-19 (Sarscov-2) deixou em evidência muitas mazelas e principalmente às desigualdades sociais, além da precarização do trabalho docente e a importância da escola no processo de escolarização e inclusão (escolar e social) dos estudantes público-alvo da Educação Especial e Inclusiva. Algo que teve agravamento com a crise sanitária instalada no Brasil e uma política retrógrada, que não considera as evidências científicas dos avanços significativas que a inclusão escolar tem no processo de desenvolvimento global desses alunos. Como atuantes na Educação Básica em escolas da periferia, cabe aos profissionais da educação não cederem a esse cenário caótico e buscar nas leituras e estudos freirianos caminhos para burlar as dificuldades e entraves em implementar práticas educacionais emancipatórias e ao encontro das diretrizes da Educação Inclusiva e em prol da diversidade. Nesse contexto, este relato de experiência visa apresentar a proposta de confecção de uma cadeira escolar adaptada nas premissas da Tecnologia Assistiva, para um aluno com comprometimento motor e não verbal, matriculado em uma escola na rede municipal de ensino em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. Foram utilizados nesse processo de confecção os seguintes materiais: cadeira escolar, cadeirinha de criança para carro, parafusos, roscas, tintas, guiso de portão, pedaço de madeira, máquina de furar, chave de boca, chave de estria e esmerilhadeira. A união de muitos saberes e diferentes habilidades (interpessoal, acadêmicas, comportamentais, linguísticas entre outras) vão ao encontro dos estudos freirianos que apontam que a relação com o conhecimento é dialógica e política, pois cada indivíduo carrega sua história marcada por experiências sociais e culturais, como também sua percepção sobre si e o mundo.