O seguinte estudo analisa os processos e aplicação de técnicas para restauração de um aterro localizado no campus da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF), no município de Duque de Caxias-RJ. Inicialmente caracterizava-se a região por um solo formado por deposição sedimentares de origem fluviomarinha, contudo, a área em questão foi modificada por aterramento a partir da década de 1950, resultando em um “solo” argiloso, compactado e de baixo teor de matéria orgânica, assim, tornando pouco favorável para práticas agrícolas. O trabalho é parte do projeto de extensão “Horta Comunitária da FEBF” e do projeto de pesquisa “Territorialidades Agroecológicas no Espaço Fluminense em Metropolização”, apoiado pela FAPERJ. Ressaltamos que ambos os projetos dialogam com a dimensão do ensino-aprendizagem, uma vez que estão inseridos num curso de Licenciatura em Geografia, portanto, a experiência de manejo agroecológico tem um caráter pedagógico. A metodologia inclui a implementação de um Sistema Agroflorestal Urbano (SAF), que emprega aração superficial, adubação orgânica, e cobertura com materiais secos e verdes para melhorar a estrutura e fertilidade do solo. O uso de técnicas como bokashi e chorume, além da introdução de plantas fixadoras de nitrogênio, tem demonstrado melhorias significativas na recuperação do solo, redução da compactação e aumento da biodiversidade microbiana.