A paisagem fornece informações cruciais sobre suas características evolutivas e funcionais, com a distribuição de elementos químicos evidenciando a morfogênese. A relação entre relevo e solo em bacias de baixa ordem é relevante, pois essas áreas são fontes significativas de matéria e energia para bacias maiores, registrando aspectos importantes da morfogênese dos interflúvios e seu rebaixamento por denudação e capturas fluviais. As bacias hidrográficas de baixa ordem dos córregos Salvaterra e Teixeiras, em Juiz de Fora (MG), são exemplos representativos de morfogêneses interfluviais decorrentes de capturas fluviais. Estas bacias, que drenam para os rios do Peixe e Paraibuna, compartilham um perfil bauxítico-laterítico preservado e exibem uma relação relevo-solo. O objetivo do artigo é discutir a relação relevo-solo nas bacias dos córregos Salvaterra e Teixeiras, em escala de 1/50.000 com considerações sobre suas relações na morfogênese interfluvial compartilhada. A base teórica segue a lógica do sistema geomorfológico a partir dos sistemas processo-resposta. Amostras de solo coletadas foram analisadas fisico-quimicamente em laboratório, revelando abundância de gibbsita, zincaluminita, fosfato de alumínio, sílica residual e zircônio associado a ferro hidratado. Assim, superfície é composta de aluminicrete, ferricrete e silcrete, com tendência à migração de ferro para porções basais e endurecimento na superfície, formando lateritos. Duricrostas similares são encontradas regionalmente, especialmente em segmentos interfluviais.