Este pôster é parte integrante de uma pesquisa de doutorado em andamento, cujo objetivo é compreender a relação entre a experiência da bidocência e os desafios vividos pelo professor iniciante. Fundamentada no marco teórico do desenvolvimento profissional docente, problematizo a inserção profissional como uma fase de dificuldades e desafios ao docente iniciante. Nesse contexto, conjecturo a bidocência na educação infantil como uma relação de colaboração entre pares, de partilha de saberes e de afago dos sentimentos de insegurança e solidão que marcam esse momento. A pesquisa narrativa com fundamento em Clandinin e Connely foi a escolha epistêmico-metodológica para apreciar as experiências vividas, por professores e gestores de duas escolas federais do Rio de Janeiro e da Rede Pública Municipal de Niterói. O texto em tela apresenta um recorte da investigação e se pauta no olhar de quatro gestores dos referidos contextos. A análise preliminar revela que, para os gestores narradores, a bidocência é condicionante para um trabalho pedagógico de valorização da criança na educação infantil, mas que se reveste de uma dialética entre ser provocativa de novas questões e inquietações aos docentes e ser apoio e esteio das necessidades, podendo ser transformada em um modelo insurgente de formação intencional e acompanhamento ao professor iniciante.