É comum associarem a qualidade do ensino apenas à formação docente, contudo, trata-se de uma questão multifatorial. Outrossim, na educação profissional, o docente precisa constantemente desafiar-se a melhorar sua formação na área técnica e pedagógica, sobretudo para promover a inclusão. O presente artigo tem como objetivo socializar experiências do projeto de extensão Conhecer para Acolher, a pesquisa é de caráter descritivo e qualiquantitativo. O projeto ofereceu em 2023 palestras e cursos de curta duração sobre autismo e inclusão escolar para 2440 pessoas. Em 2024, recebeu quase 16 mil inscrições só no curso FIC Autismo e Inclusão Escolar. A procura evidencia uma necessidade real de formação específica, pois a formação inicial docente não alcança as múltiplas demandas da sala de aula. Além disso, cerca de 6% dos participantes do curso possuem alguma necessidade educacional específica, ou seja, 924 pessoas sofrem na pele o que é conviver com o julgamento de limitação sem que suas potencialidades sejam consideradas. Ao final do curso os participantes são convidados a trazer suas experiências em forma de relatos que são condensados em e-books. Os relatos de experiência possibilitam registrar a trajetória de vida do autor e seus percursos de formação (Passeggi, 2010), são úteis para parear experiências exitosas e limitações encontradas na inclusão, pois o espectro autista é muito variável, dificultando o treinamento parental ou escolar com base em um único padrão de comportamento. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é reconhecido como deficiência para todos os fins legais (Brasil, 2012), trata-se de uma condição com inúmeras combinações de transtornos do neurodesenvolvimento e comorbidades que afetam o aprendizado e o comportamento. O maior o desafio da formação para a educação profissional são as barreiras físicas e atitudinais. Por essa razão, a formação docente vem se tornando um tema emergente em projetos de pesquisa, ensino e extensão.