Ao longo do tempo, as pessoas com deficiência foram excluídas do contexto social e tiveram seus direitos à vida, à educação, à inclusão social, dentre outros, negados. Mais recentemente, com o advento da educação inclusiva, pessoas com deficiência visual frequentam escolas comuns. Contudo, muitos adultos, hoje, não tiveram essa oportunidade na infância. A pesquisa objetivou conhecer através de uma roda de conversa, a trajetória de vida de uma mulher adulta, mãe, funcionária pública e, cega a partir dos vinte anos de idade. A metodologia empregada privilegiou uma roda de conversa com moldes de uma pesquisa quanti-qualitativa com aplicação de um formulário online aplicado com alunos dos cursos de licenciatura e de bacharelado em Ciências Biológicas da UEPB campus João Pessoa. Destacamos alguns resultados, dentre eles, que mais de 50% dos participantes nunca tiveram contato com pessoas cegas e que quase 80% afirmaram que a tecnologia atual auxilia a vida de um cego. E ao serem indagados sobre o momento da roda de conversa, destacamos a resposta “Me inspirou bastante com sua história de vida brilhante”. E escolhemos como lição e/ou aprendizado que tiveram após ouvirem a trajetória de vida desta mulher cega que: “Desde cedo, mesmo enfrentando a perda de sua visão, não abandonou seus sonhos e hoje é uma das maiores referências para mim em resiliência e força” e “mesmo que existam adaptações para pessoas cegas, ainda assim, não é o suficiente para suprir suas necessidades, então o mais lógico seria encontrar melhorar ou criar outras adaptações para essas pessoas”. Todos os participantes da roda de conversa declararam que os locais públicos e as sinalizações de trânsitos presentes nas suas cidades são insuficientes e preocupantes para as pessoas cegas. Por fim, mesmo enfrentando grandes dificuldades, as pessoas cegas, podem alcançar seus sonhos e conquistar o mundo.