Como avaliar alunos com necessidade de apoio escolar? As provas precisam ser adaptadas? Devem ser flexíveis? Indiferente da resposta a essas indagações é importante e necessário criar um ambiente de confiança entre docente e discente por meio do trabalho afetivo, da empatia e do estabelecimento de vínculos positivos. Desde 1990, a inclusão de alunos com deficiência nas escolas públicas e privadas foi ganhando espaço nas discussões acadêmicas e mundiais com a Declaração de Educação para Todos e a Declaração de Salamanca. A escola deve atender todos os alunos, com e sem deficiência, e avaliação escolar nesse processo de inclusão viabiliza a transformação da escola e das práticas pedagógicas, corroborando para que de fato todos tenham o acesso à educação, que permaneçam e tenham um aprendizado significativo e socializador. Dessa forma, esse trabalho propõe apresentar e exemplificar o formato do processo avaliativo do livro ganhador do segundo prêmio do Barco a Vapor de 2006, Era uma vez outra vez da autora Glaucia Lewicki. A pesquisa de abordagem qualitativa, analisou o caso de uma criança autista brasiliense. O estudo indicou que conhecer o seu aluno, identificar suas habilidades de aprendizagem e compreender suas dificuldades favorecem muito a adaptação no processo avaliativo. Como resultados a criança do estudo de caso elaborou uma história em quadrinho para aferir sua interpretação do livro avaliativo, o que ressalta o poder da aprendizagem visual na avaliação inclusiva.