Com a constante transformação da sociedade, a educação sofre mudanças, sendo essencial a atualização das estratégias metodológicas apresentadas aos discentes como forma de busca e obtenção do conhecimento, as quais devem acompanhar as necessidades do perfil estudantil. Uma das problemáticas enfrentada pelos professores de biologia é a falta de estrutura laboratorial, que dificulta o planejamento e execução de aulas práticas que têm o objetivo de demonstrar o que é aprendido na teoria, assim como despertar a curiosidade dos discentes sobre os diferentes processos e fenômenos que ocorrem na natureza. Visando a discussão dos limites enfrentados pelos docentes e as possibilidades de realização de aulas práticas sem estrutura laboratorial, esse trabalho tem como objetivo apresentar os procedimentos realizados para execução de aula prática sobre tipagem sanguínea realizada na sala de aula em uma turma do Ensino Médio durante as aulas de genética, mas especificamente sobre grupos sanguíneos. A aula contou com a parceria do setor de biologia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) para a obtenção de materiais de difícil acesso, como: lâminas, soro anti-A, soro anti-B e soro anti-Rh. Os demais materiais utilizados foram adquiridos com a unidade escolar, como: luvas, algodão, álcool, palitos, lancetas e descarte adequado. A aula foi fundamental para elencar a teoria com a prática, os alunos puderam vivenciar o procedimento de triagem para a identificação do tipo sanguíneo, adicionalmente foi discutido a importância da doação de sangue como forma de salvar vidas. A aula possibilitou uma aprendizagem significativa em relação ao conteúdo e a discussão dos problemas enfrentados e possibilidades de realização de aula prática com a ausência de um espaço adequado.