Atualmente, as pesquisas sobre os biocombustíveis de 2ª geração, neste caso o etanol celulósico proveniente da biomassa tem-se tornado foco das diversas pesquisas no Brasil e no mundo. O etanol celulósico, normalmente, é produzido pela fermentação dos açúcares fermentescíveis obtidos por meio do processo de hidrólise ácida ou enzimática de materiais lignocelulósicos. O bagaço do pedúnculo de caju apresenta-se como uma matéria-prima viável para a produção de bioetanol, pois esta cultura regional apresenta cerca de 85% de desperdício, além de apresentar composição química apropriada para a hidrólise. Diante do exposto, o presente estudo teve por objetivo caracterizar quimicamente o bagaço do pedúnculo de caju e avaliar o efeito da temperatura, no processo de hidrólise, quanto a liberação de glicose, xilose, hidroximetilfurfural (HMF) e furfural no licor hidrolisado. De acordo com os resultados obtidos a composição química do bagaço do pedúnculo de caju apresenta-se apropriado para o processo de hidrólise ácida. Quanto ao efeito da temperatura, a reação conduzida a 180°C, de maneira geral, foi a que apresentou os maiores valores para glicose, xilose, furfural e hidroximetilfurfural. Entretanto, em tempos reacionais acima de 60 minutos existe uma acentuada redução na concentração de glicose e xilose e o aumento da concentração de HMF e furfural.