XIMENES, Gabrielly Idalino et al.. Os impactos da hanseníase no envelhecimento. Anais do X CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/102210>. Acesso em: 26/12/2024 10:42
A hanseníase é uma doença infecciosa e de evolução crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, bactéria que manifesta tropismo por células fagocíticas. A transmissão se dá através do contato com infectados multibacilares e suas manifestações podem ser dermatológicas e neurológicas. Atualmente, a hanseníase é considerada um importante problema de saúde pública no país devido aos transtornos emocionais e sociais acarretados, e o Brasil ocupa o segundo lugar mundial em número de casos. Os idosos ocupam um grupo de alta incidência e a combinação do preconceito social somado a limitação funcional ocasionada pela doença, acarreta sofrimento para os infectados. O objetivo do estudo é discutir acerca da hanseníase e sua relação com o envelhecimento. O trabalho trata-se de uma revisão de literatura, com investigações conduzidas na base de dados: BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Foram utilizados os descritores hanseníase ; envelhecimento na chave de busca, combinados com o operador booleano AND, encontrando-se 9 estudos. Os critérios estabelecidos foram artigos nos idiomas inglês e português e publicados nos últimos 10 anos. Estudos retrospectivos e pesquisas que não abordavam sobre o tema foram excluídos. Desta forma, foram escolhidos 8 artigos para análise. Os resultados demonstram que a hanseníase é mais incidente em homens, idosos e indivíduos de baixa escolaridade. Idosos com hanseníase apresentam níveis aumentados de danos oxidativos em lesões sanguíneas e cutâneas, devido a baixa expressão gênica de enzimas antioxidantes. Foi visto, que a resposta imune relacionada à idade nos subgrupos de linfócitos T facilita o aparecimento da hanseníase em pacientes idosos. Além disso, as deformidades e incapacidades físicas geradas pela doença são considerados problemas relevantes, com comprometimentos físicos e psicológicos. Assim, é possível verificar que o perfil bioquímico e imunológico está associado à imunossenescência nestes casos, o que requer um acompanhamento e tratamento individualizado, de acordo com as incapacidades ocasionadas pela hanseníase.