O Sistema Único de Saúde gasta a cada ano mais de R$ 51 milhões com o tratamento de fraturas decorrentes de queda. O Programa Nacional de Segurança do Paciente, com enfoque na sexta meta, visa à prevenção de quedas e úlceras por pressão, ressalta a hospitalização como fator que aumenta o risco de queda, sendo mais acentuado em idosos. Esta revisão integrativa da literatura objetivou identificar os fatores de riscos que contribuem com o evento queda no idoso hospitalizado. A busca eletrônica foi realizada no site da Biblioteca Virtual em Saúde, nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Base de Dados de Enfermagem, mediante os descritores “quedas AND prevenção AND idoso AND cuidados de enfermagem”, publicações no período de 2018 a 2022. A prevenção das quedas encontra-se articulada com a questão da implementação e da aplicação de intervenções eficazes por parte da equipe de enfermagem. Foram identificados os principais fatores de risco determinantes para quedas: autoavaliação negativa da saúde, baixa acuidade visual, polifarmácia, doenças crônicas, comprometimento para a execução das atividades diária, depressão, idade igual ou superior a 80 anos, e déficit cognitivo. Especificamente sobre os fatores de riscos de quedas em idosos, temos três tipos: extrínsecos, intrínsecos e comportamentais. Em relação aos intrínsecos são: baixa acuidade visual e auditiva; tontura; medicamentos utilizados; alteração da marcha; doenças agudas, entre outros. Já os riscos extrínsecos são: ambiente com objetos em excesso, ausência de material antiderrapante e quarto ou banheiro como locais mais frequentes para quedas. Identificar os fatores de risco é claramente o primeiro e mais importante passo de todo o processo, pois são situações que intensificam a probabilidade de ocorrer à queda, especialmente em idosos. Um serviço de saúde não pode ser considerado de qualidade, se os riscos de danos não forem controlados.