Objetivo: Avaliar a relação entre a dor crônica e o estado cognitivo de pacientes doenças crônicas não transmissíveis/DCNT. Método: Estudo de transversal, quantitativo, coleta de dados em duas Unidades Básicas de Saúde, amostra n=351. Investigou: perfil demográfico, socioeconômico, hábitos de vida e variáveis clínicas; parâmetros bioquímicos; e antropometria. A cognição foi avaliada pelo instrumento Mine Exame do Estado Mental/MEEM. Avaliação da dor adotou a Escala Numérica-EN de dor (0-10 pontos) e pelo questionário descritores de dor de McGILL. Analise de dados software Package for the Social Sciences (SPSS®) versão 20.0. Resultados: A maioria foi mulheres, com idade <70 anos, de baixa escolaridade, casadas, sedentárias, com DCNT Diabetes mellitus-DM e hipertensão arterial sistêmica-HAS. O estado cognitivo alterado afetou 57,5% (n=202), ?53,5% referiram dor intensa. As variáveis sociodemográficas foram associadas (p?0,001) a maior intensidade de dor em mulheres, com dificuldade para dormir e que tinham DM. A dor intensa foi referida em participantes com dor crônica, os descritores de dor de McGILL mais comuns: latejante, fina, calor/queimação, doída, cansativa e castigante. Na análise de regressão logística as variáveis associadas à dor intensa, aumentou significativamente o risco: dor crônica (OR=19,50),) presença de DM (OR=2,40) e sexo feminino (OR=2,12). Conclusão: A Prevalência do estado cognitivo alterado afetou mais da metade dos idosos avaliados, sem associação com a intensidade de dor. A dor crônica foi associada a sexo feminino, consumo de álcool, sono, DM, dor crônica e glicemia alterada. E os que sentiam dor intensa tinham um aumento significativo de dezenove vezes para aqueles com dor crônica, duas vezes por ter DM e a pertencer ao sexo feminino.