A literatura comprova os inúmeros benefícios do engajamento cultural para as pessoas idosas, principalmente nas questões de saúde e na esfera social. A proposta desse trabalho é apresentar os resultados parciais da pesquisa, que tem por objetivo analisar como as vivências socioculturais interferem na qualidade de vida e na participação social da população idosa. O estudo é de abordagem quali-quantitativa com pessoas idosas recrutadas em espaços públicos da cidade do Rio de Janeiro. Basta que a pessoa idosa concorde em participar. Para a coleta de dados, foram incluídas entrevistas, a partir de roteiros semiestruturados, contemplando as concepções acerca do que as pessoas idosas consideram como atividades culturais, a frequência aos espaços, e os fatores que as aproximam e afastam das vivências. A partir das entrevistas, são elencados dois grupos, os que sempre vivenciaram as experiências culturais e grupais e aqueles que não participam de nenhuma atividade grupal ou sociocultural. Com esses grupos são aplicados dois protocolos: a lista de papéis ocupacionais e a escala de participação social (adaptada), com o intuito de averiguar o impacto das atividades socioculturais na qualidade de vida e na participação social das pessoas idosas. Para a interpretação e tratamento dos dados qualitativos, se utilizará a análise de conteúdo temática e para a análise dos dados quantitativos, advindos dos protocolos, serão utilizadas operações matemáticas simples com o auxílio do programa Microsoft Excel. Espera-se com a pesquisa compreender como se dá a relação das pessoas idosas com o campo da cultura, em uma perspectiva comparativa entre aquelas que frequentam os centros de artes e os equipamentos culturais e as que não frequentam. Até o momento participaram da pesquisa 54 pessoas. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa do Hospital Universitário Clementino Fraga filho pelo parecer de número 3.917.355, de 16 de março de 2020.