Introdução: Dentre as inúmeras repercussões das doenças cardiovasculares, tais como descondicionamento cardiorrespiratório, limitação à prática de atividade física e redução da qualidade de vida, o comprometimento da capacidade funcional também tem sido amplamente à presença dessas doenças causando prejuízos na realização das atividades de vida diária. Objetivos: Avaliar a capacidade funcional de pacientes com DCV segundo o Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6M) e o Teste de Caminhada Incremental (TCI), e os questionários Duke Activity Status Index (DASI) e Perfil de Atividade Humana (PAH), e verificar a correlação entre estes instrumentos. Métodos: Estudo transversal realizado com indivíduos com diagnóstico de DCV, idade entre 60 e 80 anos, estabilidade hemodinâmica e ausência de condições cardiovasculares graves ou descompensadas. Os voluntários realizaram o TC6M e TCI mediante randomização e os questionários foram sorteados e aplicados durante o período de repouso entre os testes. O teste de correlação de Spearman foi utilizado para a correlação entre as variáveis, sendo adotado nível de significância p<0,005. Resultados: A amostra foi composta por 23 indivíduos, sendo 26,08% homens e 73,92% mulheres, com idade média de 61,47 ± 8,65 anos. A distância percorrida (DP) no TC6M foi 434,43 ± 61,45 metros e no TCI foi 267,78 ± 75,76 metros. A %DP no TC6M foi maior em relação ao TCI (p=0.0002). Houve redução da capacidade funcional segundo TC6M, TCI e DASI, e houve correlação positiva entre o DASI e a DPTC6M (p=0,0008, r=0,364), a %DPTC6M (p=0,0008, r=0,284) e a DPTCI (p=0,0081, r=0,537). Conclusão: Quanto melhor o desempenho no TC6M e TCI, maior o escore no questionário DASI e melhor a capacidade funcional de pacientes com DCV.