As doenças cardiovasculares representam alta prevalência, são as principais causas de mortalidade brasileiras e mundiais, gerando perda de qualidade de vida e alto grau de impactos adversos, situação que se agrava entre os idosos onde a fragilidade e os fatores de risco estão ampliados. A doença arterial coronariana é uma das afecções deste grupo e requer métodos diagnósticos de alta complexidade, como o cateterismo cardíaco, equivalendo ao exame diagnóstico padrão-ouro para a determinação e quantificação da gravidade e extensão da doença arterial coronariana obstrutiva. Este estudo tem por objetivo identificar o perfil demográfico e os achados angiográficos relacionados à doença arterial coronariana de pessoas idosas submetidas ao cateterismo cardíaco. Trata-se de estudo descritivo, retrospectivo, com dados secundários, provenientes de registros documentais do serviço de hemodinâmica de um hospital público universitário federal da região Nordeste do Brasil. Selecionaram-se aqueles realizados em pacientes com 60 anos e mais, de ambos os sexos, entre os anos de 2020 e 2022, resultando em 359 exames, correspondendo a 52% do total deste tipo de exame da unidade. Quanto às variáveis, a idade oscilou entre 60 a 95 anos, com média de 69 anos para ambos os sexos; por sexo, maior percentual de mulheres. Quanto à doença arterial coronariana obstrutiva significativa (>50%), a incidência no sexo masculino foi de 76%, sendo 32% triarterial ou tronco da coronária esquerda. Já nas mulheres cerca de 46% estavam com as coronárias livres de lesões. Assim, o cateterismo cardíaco constitui um método preciso na detecção das obstruções coronarianas e os dados encontrados ratificam a alta prevalência de insuficiência coronariana em pessoas idosas, exigindo dos serviços de saúde, adequação das redes de atenção à saúde para responder às necessidades emergentes.