O uso de múltiplos medicamentos durante a fase de envelhecimento tornou-se cada vez mais frequente, tendo em vista a prevalência das doenças crônicas e as modificações das condições de saúde da população idosa. Assim, a polifarmácia refere-se ao uso concomitante de cinco ou mais medicamentos, sendo considerada uma prática rotineira entre os idosos. Considerando a importância da assistência do cuidado neste contexto, os profissionais de Enfermagem exercem papel fundamental na redução do risco potencial das complicações medicamentosas, atuando na sua segurança, manejo e prevenção de agravos. Nessa perspectiva, o presente estudo tem por objetivo investigar a atuação da Enfermagem na redução de riscos, perante o uso da polifarmácia em idosos. Trata-se de uma revisão de escopo, realizada a partir de levantamento na National Center for Biotechnology Information (PubMed) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nos meses de maio e junho do ano de 2023, com uso dos descritores em saúde de acordo com o DECS: Enfermagem, Riscos, Polifarmácia, Idosos e Envelhecimento. Os resultados dos estudos apontaram que a polifarmácia em idosos representa um problema de saúde pública, em decorrência da relação com os agravos à saúde, como: cascatas iatrogênicas, quedas, internações e óbito. Dessa maneira, a atuação do profissional de Enfermagem é essencial para minimizar os danos provocados pelo uso simultâneo de diversas medicações, assim como, na administração, aprazamento adequado, monitoramento e planejamento da rotina medicamentosa, buscando reduzir a polifarmácia e promovendo um estilo de vida favorável ao envelhecimento ativo. Observa-se, que apesar da busca exacerbada por medicamentos, os erros encontrados nas prescrições, as dificuldades na promoção da saúde do idoso, faz-se necessário a implementação de estratégias e políticas públicas para promover ações ao uso racional de medicamentos, bem como na educação permanente dos profissionais no estudo das formas terapêuticas e danos à saúde quando associados.