Os fármacos mais relevantes considerados causadores de problemas na saúde pública são os psicotrópicos. A prescrição indiscriminada desses medicamentos por diferentes médicos especialistas pode causar inúmeras distorções em sua dispensação, sendo está uma das classes mais utilizadas de modo inapropriado pelos idosos. Desse modo, o presente estudo tem como objetivo explorar as classes e medicamentos psicotrópicos mais consumidos por idosos. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, na qual os dados foram coletados nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior durante o mês de maio de 2023, sendo incluído estudos realizados nos últimos cinco anos (2018-2023) e retirados os artigos de revisão e pesquisas cuja população não fosse composta por idosos. Ao final da seleção dos artigos científicos restaram 14 estudos. Com relação ao gênero, na maioria dos estudos, o consumo de psicotrópicos foi maior entre mulheres. Os antidepressivos foram a classe mais utilizada entre os psicotrópicos prescritos para idosos, seguidos pelos benzodiazepínicos. Os medicamentos variaram de acordo com a localidade, nos estudos que foram realizados na Espanha destacou-se o lorazepam, a trazadona e os inibidores da recaptação de serotonina, nos Estados Unidos a gabapentina foi o medicamento que obteve maior prevalência de uso, já na Austrália foi a mirtazapina e a venlafaxina, na Suécia foram memantina, donepezil, mirtazapina, oxazepam e zoplicon e por fim, no Brasil, os usuários do Sistema Único de Saúde utilizam em maior proporção a amitriptilina e a fluoxetina, enquanto os do plano de saúde suplementar usam escitalopram e a paroxetina. Portanto, a prescrição de medicamentos em idosos deve ser monitorada com base no diagnóstico, promovendo a investigação da eficácia e segurança dos medicamentos mais prescritos e adequados para cada patologia.