Introdução: As concepções de velhice são resultado de uma construção social. O que na antiguidade era um privilégio, invejada e respeitada, atualmente passa a ser um sinal de privação e penúria, repudiada e discriminada pela sociedade de forma geral. Objetivo: identificar a caracterização pessoal, familiar e profissional das pessoas idosas, conhecer os significados atribuídos ao envelhecimento: conceito de velho e idoso para a pessoa idosa e identificar, nas pessoas idosas, o significado de ser útil na sua realidade atual. Métodos: Estudo de abordagem qualitativa, do tipo descritivo e exploratório. Participaram do estudo 30 pessoas idosas. Para a análise de dados, utilizou-se o método do Discurso do Sujeito Coletivo. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina de Itajubá sob o parecer número 4.515.092. Resultados: Observou-se que a idade média foi de 67,10 anos DP= (6,82); 60% eram do gênero feminino;46,70% referiram-se casadas; 90% eram católicas;40% tinham ensino superior completo. Do tema explorado, “o que significa para o senhor ser chamado de velho”, emergiram duas ideias centrais: “significa inutilidade, menosprezo e humilhação” e “Não vejo problema e não faz diferença”. Do tema explorado, “o que significa para o senhor ser chamado de idoso”, evidenciou a ideia central: “significa respeito e carinho”; e do tema “o significado de ser útil na sua realidade atual”, evidenciaram duas ideias centrais: “ajudando e auxiliando as pessoas, amigos, familiares e igreja” e “sentimentos de inutilidade”. Conclusão: identificar-se como velho ou idoso, sentir-se útil ou inútil faz emergir significados positivos ou negativos, que nortearão as pessoas idosas acerca do seu verdadeiro papel no mundo contemporâneo.