Algumas habilidades cognitivas atingem seu pico na idade adulta, entretanto diminuem quando ficamos mais velhos. Isso acontece devido à redução no tamanho dos lobos frontais, os quais são responsáveis pelo desempenho de várias habilidades cognitivas, o que, consequentemente, traz repercussões significativas, como o declínio na velocidade do processamento mental. Nesse contexto, considerando que o declínio dos aspectos cognitivos é uma das grandes dificuldades enfrentadas por esse grupo de pessoas, através da teoria defendida por Baltes de que, na velhice, a ênfase da vida se encontra na manutenção de capacidades e na regulação de perdas, é possível promover alternativas que proporcionem um envelhecimento saudável. Este trabalho tem como objetivo estimular de forma lúdica a realização de treinos cognitivos em idosos com envelhecimento cognitivo normal, visando o aperfeiçoamento do desempenho da velocidade de processamento mental e inteligência. Desse modo, através da montagem do jogo de quebra-cabeça, poderão desenvolver aptidões cognitivas (raciocínio e atenção) de uma maneira dinâmica e interativa, com o intuito de mantê-las em constante atividade. Por conseguinte, evitar que ocorra um declínio muito acentuado de funções cerebrais essenciais na execução de atividades diárias necessárias para gerir a própria vida e cuidar de si mesmo. Nessa perspectiva, trabalhando essas condições, desejamos mitigar os impactos negativos que a deterioração da cognição causa e as dificuldades sofridas pelos idosos, promovendo a estes mais poder de autonomia. Por esse viés, a partir da visita ao Centro de Assistência Social e Humanitário Irene Modesto Conserva foi realizada uma intervenção com um grupo de nove idosos, por meio da montagem de dois quebra-cabeças de 30 peças, com temática dos anos 60, a fim de promover estimulações cognitivas. Durante a realização da dinâmica aplicada foi possível observar o engajamento e o entusiasmo dos idosos em finalizar o quebra-cabeça, destacando aspectos cognitivos, como raciocínio e atenção.