AMORIM, Ihhayanna Guilherme De et al.. Síndrome pós-covid-19 e idosos. Anais do X CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/101471>. Acesso em: 22/11/2024 10:33
Mesmo com o término da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à COVID-19, decretado pela OMS, pacientes que apresentaram a infecção do SARSCoV-2 mais grave ainda convivem com as sequelas da doença, que podem durar de semanas a meses. A síndrome pós-COVID-19 é diagnosticada, pelo menos, três meses após o paciente adoecer pela COVID-19 e os sintomas devem durar, pelo menos, dois meses. A proposta deste trabalho foi realizar uma breve revisão da literatura sobre a síndrome pós-COVID-19. Foram realizadas duas buscas bibliográficas na base de dados PubMed, de artigos disponíveis em sua forma completa, utilizando as palavras-chave ‘Post- COVID19 Syndrome’, referente aos últimos cinco anos e as palavras-chave ‘Post-COVID19 and elderly’, referente a artigos publicados no último ano. Foram incluídos artigos na língua inglesa e excluídos artigos que não se referiram ao tema. Na primeira busca, de 14 artigos, foram utilizados 10, e na segunda, de três artigos, apenas um preencheu os critérios estabelecidos, resultando em 11 artigos utilizados nesta revisão. Foi verificado que, nos casos graves da infecção, em que houve necessidade de internação e suporte respiratório do paciente na fase aguda, houve maior probabilidade de restarem sequelas, após a recuperação do paciente. Dentre as sequelas, citam-se, principalmente: manifestações pulmonares, com fibrose provocando dispnéia, manifestações cardiovasculares, hematológicas, renais, neuropsiquiátricas (ansiedade, depressão), dermatológicas e endócrinas. A abordagem dos pacientes pós-COVID deve ser integral e multidisciplinar, com reabilitação, suportes emocional e nutricional e fisioterapias respiratória e motora. Pacientes idosos que apresentaram COVID-19 e sobreviveram, devem ser diagnosticados em relação à síndrome mais cuidadosamente, já que apresentam sintomas semelhantes aos que ocorrem na mesma, com o avançar da idade. O tratamento deve ser individualizado a partir do quadro clínico do paciente, independente de sua idade, para que haja uma melhora na sua qualidade de vida.