O presente trabalho é formado por uma abordagem qualitativa, se utilizando de uma revisão bibliográfica acerca da Educação Popular e da Educação do Campo, a partir dos estudos de autores como: Arroyo (2008). Batista (2010, 2016, 2018). Correia (2016). Brasil (2010, 2012). Caldart (2000, 2001, 2004). Molina (2012). Brandão; Assumpção (2009). Freire (1967, 1980, 2005). A Educação do Campo é intrisecamente ligada à Educação Popular, visto que elas se constituem enquanto teoria e práticas educativas alternativas às pedagogias e às práticas tradicionais e liberais, que estão a serviço da manutenção das estruturas de poder político, de exploração da força de trabalho e de domínio cultural. Esses projetos educativos defendem a educação como uma ação educativa emancipatória, crítica e consciente, que consideram os sujeitos do ato educativo como protagonistas, não apenas como meros receptores, epistemologicamente valorizam e consideram essencial a reflexão sobre a realidade, a cultura e os conhecimentos dos sujeitos em diálogo com os conhecimentos sistematizados que emergem dos anseios das classes populares e dos movimentos sociais organizados, uma vez que defendem princípios aproximados, tais como: o diálogo, a ética, a solidariedade e a transformação social. Em busca de uma educação integrada, horizontal, contra-hegemônica, que respeita os saberes dos educandos e parte da realidade. Não podemos conceber a Educação do Campo dissociada da Educação Popular à medida que afirma os povos do campo como sujeitos legítimos de um projeto emancipatório e, por isso mesmo, educativo. Por consequência, unimos essas duas correntes teórico-filosóficas numa única expressão, passando a usar neste trabalho a nomenclatura Educação Popular do Campo, entendendo que ambas possuem a mesma matriz pedagógica com uma dimensão educativa da condição de oprimido e incluem a cultura como formadora do ser humano.