No Brasil, o estágio supervisionado figura como elemento recorrente nos cursos de formação de professores desde as primeiras décadas do século XX. Marcado pelo caráter terminal, aplicacionista e com aguda desarticulação entre teoria e prática, o componente vem, nos últimos 30 anos, sendo aprimorado, em busca do alinhamento às necessidades da escola e da profissionalidade docente do século XXI. Ainda assim, a literatura especializada aponta uma forte desconexão entre as instituições básicas ao componente: a universidade e a escola. Criando desalinhos nos sujeitos centrais envolvidos no processo: licenciandos, professores supervisores e professores orientadores. Comprometendo, então, a já complexa tarefa que é formar professores. Posto isto, o objetivo geral do trabalho é: analisar as relações estabelecidas entre a universidade, a escola e os sujeitos envolvidos no Estágio Supervisionado, tomando como referência o modelo em vigor no curso de Licenciatura em História da UFPE. Nossos principais suportes teóricos foram: Pimenta (2012), Pimenta e Lima (2009), Farias (2019), Alarcão (2009) e Barra (2015). A modalidade de pesquisa foi do tipo campo e contou com dados obtidos em entrevistas do tipo semi-estruturadas, realizadas com licenciandos do referido curso. Por resultados principais, identificamos: a) a escola é entendida como parte a frágil do estágio, frente à imponência institucional da universidade, embora seja, paradoxalmente, entendida como espaço mais importante dentro do processo de formação docente; b) os professores supervisores foram identificados como peças centrais dentro do processo de estágio, não apenas como "viabilizadores" da realização do componente, nas escolas.