Com o fito de apresentar os resultados da análise da experiência de uma doutoranda em Linguística Aplicada no estágio de docência no ensino superior, concomitante à atuação no magistério superior, este trabalho parte do relato das atividades executadas na prática de estágio no componente curricular Fonologia da Língua Portuguesa, do curso de Letras da Universidade Estadual do Ceará (UECE), durante o ensino remoto emergencial, em decorrência da pandemia da novo coronavírus, no primeiro semestre de 2022, simultaneamente ao exercício da atividade profissional docente na disciplina Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa, no curso de Licenciatura em Letras – modalidade EAD, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). Sob o aparato teórico da literatura disponível acerca de estágio e formação docente – a saber: Morin (2015); Lüdke (2013); Tardif (2010; 2000), |Kleiman (2008); Freire (2007; 1996) dentre outros, revelaram-se reflexões sobre as expectativas e possibilidades no percurso (auto)formativo de uma professora e pós-graduanda. Dentre os resultados, a prática de estágio de docência mostrou-se relevante pela perspectiva da afinidade temática entre a área de atuação e a pesquisa de doutorado em desenvolvimento, além das contribuições para o exercício profissional da docente, que pôde não apenas replicar metodologias, mas desenvolver uma identidade docente, considerando as subjetividades da professora em seu processo de aprendizagem-ensinagem-aprendizagem. Todavia, identificou-se também a necessidade de uma revisão de abordagem do modelo formativo pedagógico-didático (SAVIANI, 2009) na pós-graduação, a fim de promover uma formação docente crítica, autônoma e humanizada para o ensino superior, sobretudo em cursos que formam quem forma.