Este artigo propõe-se a apresentar uma pesquisa realizada acerca de produções autobiográficas. As investigações concentraram-se em textos memorialistas produzidos pelos estudantes de licenciatura do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), como atividade na disciplina de “Culturas da Infância e o Brincar: implicações para a Educação Infantil” no ano de 2020. Com essa pesquisa buscou-se observar em que medida o futuro professor apresenta indícios de ter ressignificado suas crenças, práticas e concepções sobre a infância e importância das brincadeiras no desenvolvimento das crianças, além disso, também foi observado os sentidos atribuídos pelos estudantes a sua formação docente e a construção de sua identidade profissional a partir da rememoração do brincar. O estudo é de caráter qualitativo, sob ponto de vista em análise documental como organização de dados. Como referencial teórico, toma-se por base pressupostos que discutem sobre o método biográfico, formação profissional e autobiografia educativa, destacando: Passeggi (2016, 2018), Moraes (1999), Tardif (2002), Ferrarotti (1991), Josso (2014). Os resultados apontam para o fato de que as produções autobiográficas possibilitaram aos sujeitos em processo de formação uma ressignificação sobre o brincar, uma vez que no movimento de ida e volta de suas memórias, os estudantes puderam refletir sobre sua pratica com um olhar mais sensível sobre a importância das brincadeiras no desenvolvimento das crianças, além de atribuírem a escolha da profissão as experiências vivenciadas na infância.