Com vistas a garantir uma assistência holística às pessoas idosas hospitalizadas, o enfermeiro deve incorporar no processo de enfermagem, o fenômeno do conforto como um dos resultados esperados nas práticas cotidianas, fundamentado em teorias de enfermagem, que versem a melhoria do cuidado. A Teoria do Conforto converge com a taxonomia da NANDA-I (2021-2023) conceituando o conforto como sensação de bem-estar ou tranquilidade nos quatro contextos da experiência humana: físico, ambiental, sociocultural e psicoespiritual. O objetivo desta pesquisa configura-se em identificar os diagnósticos de enfermagem (DE) da NANDA-I relacionados ao conforto da pessoa idosa hospitalizada. O estudo qualitativo, de natureza transversal e descritiva em uma unidade clínica de internação no período de 2021, com onze idosos, foi realizado por meio de entrevista semiestruturada, histórico de enfermagem e o General Comfort Questionnaire, com devida apreciação dos aspectos éticos e legais da pesquisa envolvendo seres humanos, sob nº de CAAE: 95270418.2.0000.5183 e parecer: 2.853.889-PB. Foram identificados nas pessoas idosas os DE no domínio físico: Dor aguda; Dor crônica; Síndrome da dor crônica; Integridade da pele prejudicada; Padrão respiratório ineficaz; Mobilidade física prejudicada; Controle ineficaz de saúde; Déficit no autocuidado para banho; Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais e Privação de sono. No domínio ambiental: Risco de síndrome do estresse por mudança; Conforto prejudicado; Risco de infecção. No domínio sociocultural: Conhecimento deficiente; Isolamento social; Risco de Solidão; Risco de dignidade humana comprometida; Processos familiares disfuncionais. No domínio psicoespiritual: Conforto prejudicado; Disposição para conforto melhorado; Disposição para esperança melhorada; Ansiedade e Risco de sofrimento espiritual. O julgamento clínico através do levantamento dos DE com auxílio de instrumentos qualificadores oriundos de teorias, apresentam grande relevância para a profissão e ciência do cuidar, a medida em que qualifica a assistência considerando o conforto, como um aspecto indispensável ao cuidado centrado no paciente idoso.