Artigo Anais do IX CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

SAÚDE SISTÊMICA, POLIFÁRMACOS, EFEITOS COLATERAIS E QUALIDADE DE VIDA NUMA POPULAÇÃO DE IDOSOS

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Publicado em 23 de setembro de 2022

Resumo

As doenças crônico-degenerativas são frequentes em idosos, influenciando na elevação das taxas de morbidade e comorbidade e, por sua vez, no uso constante de polifármacos, colocando essa população em primeiro lugar em relação ao consumo de medicamentos. Tais fatos, tornam os idosos mais vulneráveis aos riscos e aos efeitos colaterais dos fármacos. Objetivou-se identificar o perfil de ocorrência de doenças sistêmicas crônicas e uso frequente de medicamentos numa amostra de idosos, bem como seu conhecimento sobre a associação desses fatores à ocorrência de efeitos colaterais e implicações na qualidade de vida. Foram avaliados idosos mediante a obtenção de dados sociodemográficos, presença de doenças sistêmicas crônicas, uso contínuo de fármacos, orientação médica e conhecimento da associação entre doenças/medicamentos e seus efeitos colaterais, bem como suas implicações na qualidade de vida. A amostra foi constituída por 108 participantes, sendo 37 (34,3%) do sexo masculino e 71(65,7%) do feminino, com a média de idade de 71,5 anos. Observou-se que 89 (82,4%) participantes apresentavam doença sistêmica, 82 (75,9%) faziam uso contínuo de medicamentos. A hipertensão e diabetes foram as doenças sistêmicas mais frequentes, a grande maioria da amostra desconhecia a associação entre as doenças/medicamentos e seus efeitos colaterais e alegaram nunca ter recebido orientação médica sobre a influência das doenças sistêmicas e dos fármacos utilizados no seu tratamento na ocorrência de efeitos colaterais. O perfil de ocorrência de doenças sistêmicas e uso de medicamentos da população avaliada é semelhante ao da literatura. O fato da maioria da amostra desconhecer a associação entre as variáveis avaliadas e a ocorrência de efeitos colaterais sugere a necessidade de melhorar e/ou intensificar campanhas educativas que incentivem maior interação entre as equipes de saúde envolvidas na atenção de pessoas idosas, no tocante ao diagnóstico, tratamento e orientações a essa população, familiares e cuidadores que visem uma maior compreensão das especificidades do processo do envelhecimento e os agravos à saúde, contribuindo para a qualidade de vida integral do idoso na microrregião avaliada.

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