O trabalho em tela relata a experiência de uma ação em extensão universitária com o objetivo de promover a formação continuada em gênero, sexualidade e envelhecimento. Através dos diálogos produzidos na ação extensionista Gênero, Sexualidade e Envelhecimento nos Cotidianos da Educação e/em Saúde, analisamos e intervimos face às enunciações que circundam a produção discursiva relacionada aos processos de envelhecimento, às múltiplas experiências na/da velhice e à longevidade e, de forma interseccionada, marcadores sociais de raça, classe, gênero e sexualidade. Nesta comunicação destacamos um dos eixos de trabalho, voltado à problematização da velhice e do envelhecimento humanos analisando as políticas públicas e os sentidos produzidos sobre a velhice em suas intersecções na/ com outros marcadores da diferença. Adotamos como metodologia um grupo de estudos aberto à participação de profissionais da saúde, educação, direito e assistência social. Este grupo foi construído em perspectiva teórica e metodológica articulada aos princípios da pesquisa intervenção (ROCHA E AGUIAR, 2003) e os resultados aqui presentes indicam possibilidades de problematizar (em educação por pares) os ideais regulatórios que (des)organizam a velhice; e, enquanto tivemos a oportunidade de compreender como os sujeitos agenciam formas de (auto)governo subvertendo as formas unívocas de experimentar a velhice, ponderamos a possibilidade de alguma transformação nos processos educativos em saúde. As análises e resultados demonstram como a vida (mais) longeva vem se rearticulando em processos de ressignificação (DEBERT, 1997), flertando com a racionalidade neoliberal; tais efeitos impactam os modos como produzimos políticas públicas e saberes sobre o envelhecimento e a velhice, especialmente durante a Pandemia de Covid 19, momento de realização deste trabalho. Consideramos que o grupo de estudos (nesta ação de extensão em uma universidade pública na cidade do Rio de Janeiro) configura-se como mecanismo de problematização e intervenção; ao lançar mão de análises com o intuito de contribuir com campos que abordam a velhice e o envelhecimento, dando ênfase na educação e saúde (e na articulação desses campos). Consideramos também que se produz um espaço-tempo de formação continuada, articulando ensino-pesquisa-extensão.