A COMUNICAÇÃO ORAL DISCORRE SOBRE O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UMA PALESTRA-PERFORMANCE QUE ABORDA QUESTÕES SOBRE A GESTAÇÃO, O PARTO E O ABORTO, RELACIONADAS ÀS SUAS PROFUNDAS ESTRUTURAS RACISTAS, SEXISTAS, PATRIARCAIS E TRANSFÓBICAS QUE VITIMAM MILHARES DE PESSOAS COM ÚTERO NO BRASIL. A PARTIR DE PROPOSIÇÕES VIVENCIADAS EM TRÊS ESPAÇOS EDUCATIVOS DISTINTOS, A ARTISTA EXPERIMENTOU E DESENVOLVEU PROGRAMAS PERFORMATIVOS E OUTROS DISPOSITIVOS PARA A CRIAÇÃO DE MATERIAIS AUDIOVISUAIS, DURANTE O CURSO DE MESTRADO EM ARTES CÊNICAS NO PERÍODO DE PANDEMIA. ESSAS EXPERIMENTAÇÕES FORAM ACOMPANHADAS DE ESTUDOS SOBRE FEMINISMO NEGRO, TRANSFEMINISMO, INTERSECCIONALIDADE, DECOLONIALIDADE E OUTRAS QUESTÕES PARA PENSAR GÊNERO, RAÇA, CLASSE E SEXUALIDADE E, NUM RECORTE ESPECÍFICO, COMO ESSAS QUESTÕES OPERAM NO CONTROLE SEXUAL E REPRODUTIVO DAS MULHERIDADES. AINDA, OS ESTUDOS SOBRE ARTE CONTEMPORÂNEA, PERFORMANCE, PROGRAMA PERFORMATIVOS E PALESTRA-PERFORMANCE FORAM REFERÊNCIAS IMPORTANTES PARA A CONSTRUÇÃO DA PALESTRA-PERFORMANCE APRESENTADA. ESSA AÇÃO CONTINUA EM DESENVOLVIMENTO, MAS É UM IMPORTANTE ESPAÇO PARA PENSAR O CONCEITO DE MULHERIDADES, ENTENDIDAS PELA ARTISTA COMO PERFORMATIVIDADES MÚLTIPLAS QUE SE RELACIONAM AO FEMININO E INSCREVEM NAS CORPAS QUE DIVERSAS VIOLÊNCIAS DE GÊNEROS, SOFRIDAS AO LONGO DA VIDA NOS MOMENTOS EM QUE ELAS OPERAM. A AÇÃO PROCURA EXERCITAR A PARRESIA INCLUSIVE EM SUA AUTO CRÍTICA: APESAR DAS DIFICULDADES TECNOLÓGICAS E DO RESULTADO AUDIOVISUAL NÃO ATINGIR O ESPERADO, A POSSIBILIDADE DE CRIAR UMA CENA-PENSAMENTO QUE DEBATE UM ASSUNTO SEMPRE URGENTE E NECESSÁRIO. ASSIM, A ARTISTA REAFIRMA SEU POSICIONAMENTO ÉTICO, ESTÉTICO E POLÍTICO E, NUMA PERSPECTIVA MAIS AMPLA, CONTRIBUI PARA O FORTALECIMENTO DE NOVAS EPISTEMOLOGIAS NA CENA CONTEMPORÂNEA.