NO CENÁRIO BRASILEIRO OS ESTUDOS SOBRE PROSTITUIÇÃO E A ARTICULAÇÃO ENTRE RAÇA, CLASSE E GÊNERO QUE COMPÕEM ESSE UNIVERSO, AINDA SÃO INCIPIENTES; TAL ARTICULAÇÃO PERMANECE MAJORITARIAMENTE SUBSUMIDA ÀS ANÁLISES SOBRE GÊNERO E TRABALHO SEXUAL. DIANTE DISSO, NESTE TRABALHO PROPONHO A ANÁLISE E PROBLEMATIZAÇÃO DAS HIERARQUIAS QUE COMPÕEM A PROSTITUIÇÃO, E COMO ELAS SE CONSTITUEM POR MEIO DA INTERSECÇÃO DE CATEGORIAS DE DIFERENCIAÇÃO. PARA ISSO, NOS CENTRAREI EM NARRATIVAS DE EXPERIÊNCIAS DE MULHERES CISGÊNERO NEGRAS E QUE EXERCEM O TRABALHO SEXUAL, ORIUNDAS DE UM PROCESSO DE PESQUISA REALIZADO EM PARTE DA REGIÃO SUDESTE DO PAÍS. NORTEANDO-NOS ATRAVÉS DAS PERCEPÇÕES DAS TRABALHADORAS SOBRE SUAS PRÓPRIAS VIVÊNCIAS, ARTICULO SUAS NARRATIVAS ÀS PESQUISAS SOBRE AS RELAÇÕES SÓCIO-HISTÓRICAS ENTRE MULHERES NEGRAS, HIPERSSEXUALIZAÇÃO, SUBJETIVIDADE E PROSTITUIÇÃO NO BRASIL, BEM COMO A DIFERENTES PONDERAÇÕES FEMINISTAS SOBRE O ASSUNTO. AS CONDIÇÕES DE POSSIBILIDADE DE AGIR SOBRE SUAS RESPECTIVAS REALIDADES, SUAS CAPACIDADES DE AGÊNCIA, TAMBÉM SÃO ANALISADAS E EVIDENCIADAS. POR FIM, DENOTA-SE A EXISTÊNCIA DE MODOS DE VIDA, RESISTÊNCIAS E AFETOS CONSTRUÍDOS DIANTE ADVERSIDADES, E TRABALHADORAS SEXUAIS SÃO AFIRMADAS COMO SUJEITOS ATIVOS EM SUA PRÓPRIA HISTÓRIA.