Podemos afirmar que a literatura traz consigo valiosas marcas influenciadoras ante a construção de uma sociedade. A realidade da literatura africana é nesse sentido e assim, sua estruturação estétitico-ideológica propicia ao leitor uma reflexão a cerca da identidade africana no período pós-colonial. O poema Identidade, do moçambicano Mia Couto, exprime um valioso instrumento de reflexão acerca da tal condição moçambicana. A busca pela identidade faz do poema um recurso autorreflexivo. Destarte, o escopo do presente estudo versa tecer considerações acerca da temática da constituição identitária moçambicana. Como aparato teórico, destacaremos os postulados discutidos principalmente por Russeall Hamilton (1999), Stuart Hall (2003) e Jane Tutikan (2006).