INTRODUÇÃO: A ELEVADA INCIDÊNCIA DA DIABETES MELLITUS (DM) NAS ÚLTIMAS DÉCADAS TEM AUMENTADO O RECONHECIMENTO DE NOVAS FORMAS, TAL COMO A DIANETES MELLITUS RELACIONADA À DESNUTRIÇÃO (DMRD), QUE DISTINGUE-SE DA DM TIPO 1 E 2 PRINCIPALMENTE PELA DESNUTRIÇÃO, RESISTÊNCIA À CETOACIDOSE E HIPOGLICEMIANTES ORAIS E COM NECESSIDADE DE INSULINOTERAPIA. NO BRASIL, ASSIM COMO BAHIA, POUCAS SÃO AS LITERATURAS AS QUE VERSAM SOBRE ESSA TEMÁTICA. ASSIM, O PRESENTE ESTUDO VISA CARACTERIZAR A DMRD E IDENTIFICAR ASPECTOS DO SEU PERFIL DE ÓBITOS NA BAHIA ENTRE 2006 E 2016. METODOLOGIA: TRATA-SE DE UM ESTUDO DESCRITIVO, TRANSVERSAL, COM BASE EM DADOS RELACIONADOS À MORTALIDADE POR DMRD OBTIDOS ATRAVÉS DO DATASUS E LITERATURAS. RESULTADOS: HOUVE UM TOTAL DE 279 ÓBITOS POR DMRD NA BAHIA, SENDO 64% DO SEXO MASCULINO E 36% DO SEXO FEMININO. DESTES, A FAIXA ETÁRIA ENTRE 60 E 69 ANOS REGISTROU O MAIOR NÚMERO DE ÓBITOS, 84 CASOS (30,1%). O ANO DE 2014 REGISTROU O MAIOR NÚMERO DE DESFECHO (38 ÓBITOS). TAMBÉM FOI POSSÍVEL ELUCIDAR A CARACTERIZAÇÃO DA DOENÇA: GLICEMIA PLASMÁTICA SUPERIOR A 200 MG/DL, COM INÍCIO ANTES DOS 30 ANOS, IMC INFERIOR A 18 KG/M2, RESISTÊNCIA A CETOACIDOSE COM A SUSPENSÃO DA INSULINOTERAPIA, BAIXO NÍVEL SOCIOECONÓMICO OU HISTÓRIA DE DESNUTRIÇÃO INFANTIL E AUSÊNCIA DE CALCIFICAÇÕES PANCREÁTICAS. CONCLUSÃO: A DM RELACIONADA À DESNUTRIÇÃO É UMA DOENÇA AINDA POUCO CONHECIDA, DISTINTA DAS FORMAS CLÁSSICAS DE DM, COM POSSÍVEL FATOR DE PREDISPOSIÇÃO RELACIONADO À SUBNUTRIÇÃO FETAL E INFANTIL, ALÉM DE APRESENTAR PADRÃO DE SURGIMENTO EM ADULTOS.