Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

PIBIDIANOS DA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO E A IDENTIDADE COLETIVA NA ESCOLA DO CAMPO SEMENTES DO AMANHÃ

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Agência Financiadora: Universidade Tecnológica Federal do Paraná/CAPES Resumo O presente trabalho busca relatar os resultados de um projeto desenvolvido, por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID, em parceria com uma Escola do Campo. O Projeto visou a busca pela qualidade no ensino e o bem-estar dos educandos, colaborando na construção da identidade dos sujeitos do campo, identificando assim, na horta e jardim, elementos fundamentais de cooperação e sustentabilidade. A estratégia de desenvolvimento comunitário através de ações coletivas é de despertar a consciência, afim de evitar ações que causem impactos negativos à natureza. Com a participação dos educadores, educandos, secretaria de educação municipal e comunidade escolar, elaborou-se um plano de ação com a finalidade de intervir no planejamento diário do educador, na cultura alimentar e social dos educandos e de toda comunidade escolar, na delimitação da escola, para evitar o acesso de animais de grande porte e embelezamento do espaço em que a escola está inserida. Promover uma educação integral que valorize a cultura local, é uma prioridade básica das escolas do campo, porém se faz necessário, dependendo de cada espaço, identificar os materiais existentes que auxiliem como elementos fundamentais no embelezamento proposto, respeitando conceitos agroecológicos e ambientais que garantem a saúde e preservação ambiental local. Sabendo-se disso, primeiramente foi solicitado a presença dos pais, educandos, educadores, representante da secretaria de educação e toda a comunidade escolar, para juntos traçar metas e discutir quais as prioridades da Escola Rural Municipal Sementes do Amanhã, Assentamento Celso Furtado, situado a uma distância de 13 km do centro urbano do Município de Quedas do Iguaçu - PR. Esta escola encontra-se com estrutura fragmentada sem delimitação do espaço e pressupostos ecológicos. Possui aproximadamente 100 educandos, conta com uma equipe educacional de 08 profissionais, formalmente ligados no processo de aprendizagem dessas crianças. O momento de socialização entre educadores e comunidade escolar foi de estrema importância, pois foram tratados assuntos referentes ao desenvolvimento da aprendizagem dos educandos, considerando o espaço e a contextualização local, foram levantadas várias sugestões relacionadas ao embelezamento e delimitação do espaço escolar, bem como elaborar equipes de trabalho com participação dos pais. Na sequência, após ter definido um cronograma de trabalho quinzenal, foi acertado que os educadores trabalhariam os conteúdos, em sala, relacionados a preservação do meio ambiente, alimentação saudável e a importância de cuidar do patrimônio e espaço escolar e os pais, pibidianos e colaboradores desenvolveriam a parte prática das atividades. Tal estratégia de trabalho foi desenvolvida com as Séries Iniciais do Ensino Fundamental, no primeiro semestre de 2015. O objetivo principal desta ação foi diagnosticar a pertinência de práticas agrícolas na escola, considerando a horta e o jardim uma estratégia de conscientização sobre a degradação ambiental, bem como melhorar estrutura visual da escola. Além disso, buscou-se valorizar e fortalecer a participação da família na escola, através da cooperação, mutirão, integração e preservação da natureza com intenção de expandir até as famílias de toda comunidade escolar. Há uma necessidade de ampliar a integração entre os espaços sociais, para maior enriquecimento de saberes e vivências que conduzem o estudante a sociedade do conhecimento (GADOTTI, 2000). Todas as ações realizadas apresentaram uma ampla ligação com o Meio Ambiente, apesar de apresentarem outras características fundamentais como por exemplo, o trabalho coletivo onde teve a participação e integração da escola e comunidade. Segundo Kondrat e Maciel (2013) a educação ambiental "tem a importante função de atingir toda a população, inclusive as novas gerações, formando cidadãos que possam responder pelo processo de mudanças do atual estado ambiental da Terra". Em dialogo, foi escolhido a escola a ser desenvolvido o plano de ação, realizou-se, então a apresentação da proposta à escola. Após aceitação da proposta, foi observado seus arredores, identificando a precariedade e os diferentes tipos de lixos ali depositados. Em seguida, com a colaboração dos educadores, foi realizado uma reunião de pais com apresentação do diagnóstico local e estratégia de ação, após aceitação, restava a efetivação do planejado. Para isto, a equipe escolar e APMF precisaram buscar recursos, os pais organizados em grupos desenvolveram o trabalho braçal, as crianças ajudaram, conforme orientação dos professores, nas atividades mais leves. Os educadores trabalharam em sala de aula a porção da realidade que envolve ações e consequências ambientais. A situação ambiental em que a escola se encontrava era preocupante devido à falta de recursos financeiros que acabou desmotivando a gestão e educadores com relação a tomada de decisão. Dentre as atividades concluídas estão a jardinagem e plantio de árvores, o trabalho de conscientização dos professores, a construção do cercado com tela que delimita a escola, a limpeza tanto dos entulhos e lixos do local quanto a eliminação de plantas daninhas que tomavam praticamente todo o espaço fora da escola. A horta, por sua vez, foi apenas iniciada, porém não concluída por motivos ligados à infraestrutura e recursos provindos de projetos que já haviam sido realizados pela escola, no entanto a direção comprometeu-se com a implantação da horta, após a liberação dos recursos. Identificou-se que a iniciativa foi importante para despertar os estudantes a reconhecer a importância da preservação da natureza e a cooperação diante do embelezamento local. Também se observou o fortalecimento da relação que envolve os direitos e deveres dos cidadãos em ter um espaço educativo, que ofereça o mínimo de qualidade, de ensino-aprendizagem e que, coopere na formação de conceitos essenciais à vida. Em suma, resistir é uma forma de melhorar a apropriação e qualidade de ensino-aprendizagem, interagindo com o cotidiano. Proteger o perímetro escolar, plantar hortaliças, flores e árvores em conjunto é fortalecer os vínculos entre a família e escola. Contudo, esta proposta desafiadora, exige um trabalho contínuo que estimule a construção dos princípios básicos de cuidados com a natureza, com o ambiente escolar e a própria casa, valorizando as relações naturais e sociais que norteiam a construção da identidade de homem do campo. Palavras-chave: embelezamento, coletividade, meio ambiente, campo Referências GADOTTI, M. Perspectivas atuais da Educação. São Paulo em Perspectiva. São Paulo, 2000. Disponível em: . Acesso em: 22/09/2018. KONDRAT, H.; MACIEL, M. D. Educação Ambiental para a Escola Básica: Contribuições para o Desenvolvimento da Cidadania e da Sustentabilidade. Revista Brasileira de Educação. v. 18 n. 55 out./dez. 2013. Disponível em: . Acesso em: 22/09/2018. "
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

PIBIDIANOS DA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO E A IDENTIDADE COLETIVA NA ESCOLA DO CAMPO SEMENTES DO AMANHÃ Roberto Gonçalves Ferreira / robertoferreira@alunos.utfpr.edu.br / Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos Rafael de Campos Eleuterio / Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos Vanessa Gonçalves Vieira / Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos Vladileia Tochetto Gonçalves Ferreira/ Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos Marcelaine Reguelin / Secretaria Municipal de Educação - Quedas do Iguaçu - PR Luciana Boemer Cesar Pereira / Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas. Agência Financiadora: Universidade Tecnológica Federal do Paraná/CAPES Resumo O presente trabalho busca relatar os resultados de um projeto desenvolvido, por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID, em parceria com uma Escola do Campo. O Projeto visou a busca pela qualidade no ensino e o bem-estar dos educandos, colaborando na construção da identidade dos sujeitos do campo, identificando assim, na horta e jardim, elementos fundamentais de cooperação e sustentabilidade. A estratégia de desenvolvimento comunitário através de ações coletivas é de despertar a consciência, afim de evitar ações que causem impactos negativos à natureza. Com a participação dos educadores, educandos, secretaria de educação municipal e comunidade escolar, elaborou-se um plano de ação com a finalidade de intervir no planejamento diário do educador, na cultura alimentar e social dos educandos e de toda comunidade escolar, na delimitação da escola, para evitar o acesso de animais de grande porte e embelezamento do espaço em que a escola está inserida. Promover uma educação integral que valorize a cultura local, é uma prioridade básica das escolas do campo, porém se faz necessário, dependendo de cada espaço, identificar os materiais existentes que auxiliem como elementos fundamentais no embelezamento proposto, respeitando conceitos agroecológicos e ambientais que garantem a saúde e preservação ambiental local. Sabendo-se disso, primeiramente foi solicitado a presença dos pais, educandos, educadores, representante da secretaria de educação e toda a comunidade escolar, para juntos traçar metas e discutir quais as prioridades da Escola Rural Municipal Sementes do Amanhã, Assentamento Celso Furtado, situado a uma distância de 13 km do centro urbano do Município de Quedas do Iguaçu - PR. Esta escola encontra-se com estrutura fragmentada sem delimitação do espaço e pressupostos ecológicos. Possui aproximadamente 100 educandos, conta com uma equipe educacional de 08 profissionais, formalmente ligados no processo de aprendizagem dessas crianças. 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