Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

PIBID E GRUPOS COLABORATIVOS: POTENCIALIDADES E DESAFIOS

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Entretanto, a constituição deste tipo de grupo não se dá de maneira espontânea, ao contrário, requer um processo longo e permanente de diálogo, negociação e confiança entre os sujeitos envolvidos (BOAVIDA; PONTE, 1998). A fim de colaborar com a reflexão sobre a constituição de grupos colaborativos na realização do PIBID, apresentamos as posições e perspectivas de um professor universitário que coordenou este programa em uma instituição pública de ensino do Estado de São Paulo.. O professor é licenciado em Matemática, Mestre em Educação Matemática e Doutor em Educação e sua principal linha de pesquisa é a Formação inicial e continuada de professores. O procedimento metodológico utilizado foi a entrevista semiestruturada, que combina perguntas abertas e fechadas, na qual o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto, num contexto muito semelhante ao de uma conversa informal (BONI; QUARESMA, 2005). Boavida e Ponte (2002) destacam que há vários tipos de colaboração, pois diferentes tarefas e objetivos requerem formas de colaboração diversas. Estes autores também diferenciam cooperação de colaboração, sustentam que um grupo de pessoas trabalhar em conjunto não caracteriza um grupo colaborativo, e defendem que "(...) a colaboração envolve negociação cuidadosa, tomada conjunta de decisões, comunicação efetiva e aprendizagem mútua num empreendimento que se foca na promoção do diálogo profissional" (BOAVIDA; PONTE, 2002, p. 4). Nesse sentido, John-Steiner, Weber e Winnin (1998) apontam que uma colaboração prevê a existência de domínios complementares de especialização e competências, no qual há compromissos com o compartilhamento de recursos, poderes e talentos; por isso, em um grupo colaborativo "(...) nenhum ponto de vista individual domina, a autoridade para decisões e ações reside no grupo e os produtos de trabalho refletem uma combinação das contribuições de todos os participantes" (JOHN-STEINER; WEBER; MINNIS, 1998, p. 3). Essas são as perspectivas teóricas adotadas neste trabalho. Ao ser questionado sobre as potencialidades existentes para a constituição de grupos colaborativos no PIBID, o professor acredita que o programa tem possibilidades para que os envolvidos se tornem colaborativos e diz que "(...) a colaboração vem efetivamente das ações que são praticadas dentro do grupo, e o PIBID tem características que contribuem muito para que esse grupo se torne colaborativo, porque você tem sujeitos envolvidos que possuem funções, formações e objetivos diferentes, mas que estão todos trabalhando para um bem comum ou uma visão comum." O professor afirma que, na sua participação no projeto, cada integrante do grupo sabia o seu papel, mas que "(...) havia uma negociação em relação a essas atuações, discussões necessárias para que esse trabalho ocorresse. Então, o PIBID tem uma característica que contribui para que o grupo se torne colaborativo". Questionado sobre as dificuldades e desafios na constituição de um grupo colaborativo no PIBID, o professor destacou que "(...) quando olho hoje, para trás, para o grupo, eu vejo muitas coisas que precisariam ser ajustadas para que este grupo pudesse ter mais atuação, eu diria, que discutisse de forma mais próxima, com mais encontros, que os coordenadores estivessem mais presentes na escola. Inclusive, acho que isso faltou em nossa experiência". Ele aponta ainda que, pelo fato das ideias sobre grupos colaborativos terem sido colocadas durante a edição do PIBID da qual participou, não foi possível aprofundar as discussões teóricas e que isso dificultou alguns desenvolvimentos dos trabalhos. Segundo ele, "Um ponto que eu mudaria, se eu pudesse, seria uma discussão mais teórica sobre grupos colaborativos, porque eu acho que esse reconhecimento é importante, pois no discurso é muito fácil falar. Muitos teóricos destacam muitos elementos, e muitas coisas que precisam estar presentes para que se reconheça um grupo colaborativo, mas o grande desafio é que o grupo se reconheça como grupo colaborativo, não que alguém aponte que ele é um grupo colaborativo. Quando um grupo se reconhece como tal, as contribuições para as ações desse grupo, elas são bastante grandes e extremamente válidas. E é muito difícil apontar que um grupo é colaborativo. Ou, mesmo que você aponte, mas o grupo não se reconhece enquanto tal, eu não vejo que ele pode trazer de muitos benefícios. Então, eu acredito que a leitura teórica ajuda nessa compreensão da constituição do grupo, de quais são os desafios a serem enfrentados e qual o papel que cada um vai desempenhar. Isso eu mudaria". Sobre o envolvimento dos professores supervisores da escola pública no desenvolvimento do PIBID, o professor destacou que "(...) apesar de haver um contato frequente, estes supervisores pouco estavam presentes nas discussões com todos os alunos. Então, eu acho que isso fez falta. Quando pensamos na apropriação mútua, os professores supervisores ficaram limitados pelas ações dos licenciados, e não pela apropriação das discussões que eram feitas. Os alunos liam artigos, iam nas dissertações, iam nas teses para fundamentar seus trabalhos, mas os professores supervisores das escolas nunca tiveram acesso a esses documentos, porque nós nunca pensamos em apresentar as obras a eles. Então, eu acho que isso faltou dentro do grupo, (...) trazer os professores supervisores mais para dentro dessas discussões que aconteciam de forma regular na faculdade, e que eles estivessem envolvidos nesse trabalho de pesquisa, para que conhecessem o processo como um todo. Teria sido mais significativo do que foi se tivéssemos tido essas ações". A visão do professor entrevistado destaca as muitas potencialidades para a constituição de grupos colaborativos envolvidas no desenvolvimento do PIBID; contudo, em consonância com os teóricos que sustentam essa investigação, a fala do professor revela também que este é um processo longo e persistente, que deve ser permeado por leituras, diálogos e negociações. Além disso, a fala do professor revela as vantagens que uma reflexão coletiva, amparada em textos teóricos, pode trazer para a constituição de grupos colaborativos no desenvolvimento do PIBID. Palavras-chave: PIBID, Grupos Colaborativos, Formação inicial de professores. Formação continuada de professores. Referências BOAVIDA, A. M., PONTE, J. P. Investigação colaborativa: Potencialidades e problemas. In GTI (Org), Reflectir e investigar sobre a prática profissional. Lisboa: APM., 2002, pp. 43-55. BONI, V.; QUARESMA, S. J. Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em Ciências Sociais. Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC, 2, n. 1 (3), janeiro-julho 2005, pp. 68-80. JOHN-STEINER, V.; WEBER, R.; MINNIS, M. The challenge of studying collaboration. American Educational Research Journal, 35(4), 1998, pp. 773-783."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

Neste trabalho, apresentamos uma discussão sobre potencialidades, desafios e dificuldades colocados na constituição de um grupo colaborativo em edições do Programa Institucional de Iniciação à Docência - PIBID - Capes ocorridas entre os anos de 2015 e 2018, na visão de um professor universitário, que atuou no programa nessas edições. Entendemos que a estruturação do PIBID é propícia para a constituição de grupos colaborativos, uma vez que se estabelece, desde o princípio, uma rede de trabalho que exige negociação e cooperação de professores universitários, estudantes de licenciatura e professores e estudantes da educação básica. Essas pessoas possuem experiências, competências e perspectivas diversificadas; devem interagir, dialogar e refletir em conjunto, e se empenhar na realização de um objetivo comum, características essenciais para a constituição de grupos colaborativos (BOAVIDA; PONTE, 1998). 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Boavida e Ponte (2002) destacam que há vários tipos de colaboração, pois diferentes tarefas e objetivos requerem formas de colaboração diversas. Estes autores também diferenciam cooperação de colaboração, sustentam que um grupo de pessoas trabalhar em conjunto não caracteriza um grupo colaborativo, e defendem que "(...) a colaboração envolve negociação cuidadosa, tomada conjunta de decisões, comunicação efetiva e aprendizagem mútua num empreendimento que se foca na promoção do diálogo profissional" (BOAVIDA; PONTE, 2002, p. 4). Nesse sentido, John-Steiner, Weber e Winnin (1998) apontam que uma colaboração prevê a existência de domínios complementares de especialização e competências, no qual há compromissos com o compartilhamento de recursos, poderes e talentos; por isso, em um grupo colaborativo "(...) nenhum ponto de vista individual domina, a autoridade para decisões e ações reside no grupo e os produtos de trabalho refletem uma combinação das contribuições de todos os participantes" (JOHN-STEINER; WEBER; MINNIS, 1998, p. 3). Essas são as perspectivas teóricas adotadas neste trabalho. 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