Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

JOGO MEMÓRIA PERIÓDICA: UMA ESTRATÉGIA PARA O ENSINO DE QUÍMICA EM UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

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Sabe-se que a aprendizagem da tabela periódica é fundamental para o entendimento de assuntos posteriores do programa de química para o Ensino Médio e também é trabalhoso para o docente abordar esse conteúdo em sala de aula. O ensino unilateral é muitas vezes visto como um método para o ensino dos jovens e por tanto muitos professores se restringem apenas a esse tipo de conceito de aprendizagem, gerando certas dificuldades no entendimento de determinados assuntos. Por conta da dificuldade de trazer esse tema, há o desinteresse por parte do aluno. Com o intuito de tornar as aulas da disciplina de Química no ensino médio mais atraentes e prazerosas, incentivar o interesse sobre o assunto abordado na atividade, e melhorar a dinâmica entre aluno e professor, foi utilizada uma ferramenta lúdica, um jogo de assimilação, para possibilitar ao estudante do ensino médio o conhecimento nesse assunto. Assim os jogos surgem com o objetivo de facilitar a assimilação do conhecimento, além de desenvolver competências e habilidades relacionadas a disciplina e raciocínio lógico. O jogo didático pode ser uma possibilidade viável para o auxílio do docente na aprendizagem. Utilizando esse método, o professor deixa de ser apenas um instrumento de transmissão e passa a ser um facilitador do conhecimento (SATURNINO et. al., 2013). Percebeu-se a necessidade de introduzir métodos ou técnicas de ensino para auxiliar no entendimento de conceitos muitas vezes abstratos para os alunos do ensino médio. A compreensão da tabela periódica por parte dos alunos é um obstáculo, pois não conseguem assimilar os conhecimentos nela contidos, fazendo com que decorá-la seja a alternativa encontrada pelos estudantes de tentar compreender o conteúdo (CÉSAR et al., 2015). O jogo "memória periódica" foi planejado pela equipe do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) de Química da Universidade Estadual do Ceará (UECE). O primeiro passo foi estabelecer os conteúdos, conceitos e assuntos que seriam abordados com relação a tabela periódica, visto que esse conteúdo já havia sido trabalhado em sala de aula de sala pelo professor da disciplina, buscando uma complementação da abordagem com vistas a uma melhor assimilação das propriedades dos elementos químicos do seu grupo. O assunto escolhido da tabela periódica foi a família do grupo A, suas características e localização. O jogo proposto assemelha-se a um jogo da memória e é composto por 88 cartas formando 44 pares de cartas, nas quais os elementos foram divididos em grupos de duas famílias cada. Para determinar a ordem do jogo entre os participantes, cada um deles pega uma carta do grupo escolhido e então compara-se o número atômico, aquele que obteve o maior número atômico inicia a partida, a sequência do jogo é definida pela ordem decrescente dos números atômicos das cartas de cada jogador. O jogador deve associar as cartas formando pares, onde uma contém o símbolo do elemento, a distribuição eletrônica, o número atômico e o seu par contém propriedades do elemento. O ganhador é a aquele que obtiver o maior valor do somatório dos números atômicos das cartas do jogador. É possível jogar com no mínimo 2 e no máximo 5 participantes. O jogo foi aplicado com os alunos do 2º ano e foi realizado na Escola Estadual de Educação Profissional Leonel de Moura Brizola. Durante a aplicação do jogo observou-se a interação e empolgação dos alunos. O tempo de duração, que foi em média de 15 a 30 minutos, foi um fator considerado positivo. Foram aplicados dois questionários, um antes do jogo para saber o grau de conhecimento sobre o assunto, e outro após a aplicação para avaliar o que foi aprendido. Ambos os questionários são compostos por perguntas de múltipla escolha, permitindo aos alunos selecionar uma alternativa em cada uma delas. Dos alunos que participaram da atividade, 70% classificaram seu conhecimento como regular sobre a tabela periódica e 30% como ruim; com relação a identificar os elementos na tabela periódica a partir da distribuição eletrônica 10% saberia, 40% talvez e 50% não saberia identificar; com relação a pergunta acredita-se que seu conhecimento acerca da tabela periódica teria melhorado após a aplicação do jogo 40% responderam sim e 60% talvez. Após o jogo aplicamos um segundo questionário para verificação do nível de eficiência da metodologia aplicada. Dos resultados obtidos 40% dos alunos acharam o jogo de fácil compreensão, 40% estimulante, 10% dinâmico e 10% educativo, em questão se o jogo representou ser um meio significativo de aprendizagem os alunos responderam 40% satisfatório e 60% razoável. Já sobre as perguntas específicas sobre a tabela periódica 75% dos alunos acertaram e 25% erraram. O jogo Memória Periódica apresenta-se como uma ferramenta para o processo de aprendizagem no ensino do conteúdo de tabela periódica na disciplina de química. Por ser um instrumento lúdico e motivacional, possibilita-se uma aproximação do conteúdo e faz com que haja uma predisposição para aprender permitindo uma avaliação do aprendizado do conteúdo ministrado em sala, o jogo também pode ser aplicado como atividade complementar. Palavra-chave: jogo da memória; tabela periódica; ensino de química; aprendizagem. Referências CÉSAR, E. T., REIS, R. de C. e ALIANE, C. S. de M. Tabela Periódica Interativa. Química Nova na Escola - São Paulo-SP, BR. Vol. 37, N° 3, p. 180-186, 2015. DIAS, Diogo Lopes. Tabela periódica. s.d.. Disponível em: . Acesso em: 03 out. 2018. SATURNINO, J. C. S. F., Luduvico, I. e SANTOS, L. J. dos. Pôquer dos Elementos dos Blocos s e p. Química Nova na Escola, Viçosa, v. 35, n. 3, p.174-181, 2013. "
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

JOGO MEMÓRIA PERIÓDICA: UMA ESTRATÉGIA PARA O ENSINO DE QUÍMICA EM UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Vitória Alexandre Montenegro/ vitoria.montenegro@aluno.uece.br/Universidade Estadual do Ceará Francimeire Sousa de Oliveira /Universidade Estadual do Ceará Thiago Guilherme da Silva Barroso /Universidade Estadual do Ceará Alano de Lima Pitombeira /EEEP Leonel de Moura Brizola Cristiane Maria Sampaio Forte/Universidade Estadual do Ceará Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Agência Financiadora: CAPES Resumo Neste trabalho de elaboração de um produto didático, são abordados os conceitos sobre os elementos da tabela periódica. Os elementos da tabela permitem o conhecimento básico sobre suas características individuais e coletivas tais como: estados físicos, natureza, obtenção e propriedades periódicas e aperiódicas (DIAS, s.d.). Sabe-se que a aprendizagem da tabela periódica é fundamental para o entendimento de assuntos posteriores do programa de química para o Ensino Médio e também é trabalhoso para o docente abordar esse conteúdo em sala de aula. O ensino unilateral é muitas vezes visto como um método para o ensino dos jovens e por tanto muitos professores se restringem apenas a esse tipo de conceito de aprendizagem, gerando certas dificuldades no entendimento de determinados assuntos. Por conta da dificuldade de trazer esse tema, há o desinteresse por parte do aluno. Com o intuito de tornar as aulas da disciplina de Química no ensino médio mais atraentes e prazerosas, incentivar o interesse sobre o assunto abordado na atividade, e melhorar a dinâmica entre aluno e professor, foi utilizada uma ferramenta lúdica, um jogo de assimilação, para possibilitar ao estudante do ensino médio o conhecimento nesse assunto. Assim os jogos surgem com o objetivo de facilitar a assimilação do conhecimento, além de desenvolver competências e habilidades relacionadas a disciplina e raciocínio lógico. O jogo didático pode ser uma possibilidade viável para o auxílio do docente na aprendizagem. Utilizando esse método, o professor deixa de ser apenas um instrumento de transmissão e passa a ser um facilitador do conhecimento (SATURNINO et. al., 2013). Percebeu-se a necessidade de introduzir métodos ou técnicas de ensino para auxiliar no entendimento de conceitos muitas vezes abstratos para os alunos do ensino médio. A compreensão da tabela periódica por parte dos alunos é um obstáculo, pois não conseguem assimilar os conhecimentos nela contidos, fazendo com que decorá-la seja a alternativa encontrada pelos estudantes de tentar compreender o conteúdo (CÉSAR et al., 2015). O jogo "memória periódica" foi planejado pela equipe do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) de Química da Universidade Estadual do Ceará (UECE). O primeiro passo foi estabelecer os conteúdos, conceitos e assuntos que seriam abordados com relação a tabela periódica, visto que esse conteúdo já havia sido trabalhado em sala de aula de sala pelo professor da disciplina, buscando uma complementação da abordagem com vistas a uma melhor assimilação das propriedades dos elementos químicos do seu grupo. O assunto escolhido da tabela periódica foi a família do grupo A, suas características e localização. O jogo proposto assemelha-se a um jogo da memória e é composto por 88 cartas formando 44 pares de cartas, nas quais os elementos foram divididos em grupos de duas famílias cada. Para determinar a ordem do jogo entre os participantes, cada um deles pega uma carta do grupo escolhido e então compara-se o número atômico, aquele que obteve o maior número atômico inicia a partida, a sequência do jogo é definida pela ordem decrescente dos números atômicos das cartas de cada jogador. O jogador deve associar as cartas formando pares, onde uma contém o símbolo do elemento, a distribuição eletrônica, o número atômico e o seu par contém propriedades do elemento. O ganhador é a aquele que obtiver o maior valor do somatório dos números atômicos das cartas do jogador. É possível jogar com no mínimo 2 e no máximo 5 participantes. O jogo foi aplicado com os alunos do 2º ano e foi realizado na Escola Estadual de Educação Profissional Leonel de Moura Brizola. Durante a aplicação do jogo observou-se a interação e empolgação dos alunos. O tempo de duração, que foi em média de 15 a 30 minutos, foi um fator considerado positivo. 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