INGRESSO DE ALUNOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO IFTO-CAMPUS PALMAS, FATORES CONTRIBUINTES PARA O INGRESSO, GRAU DE SATISFAÇÃO DOS DISCENTES E COMO AVALIAM O ENSINO DA MATEMÁTICA NA INSTITUIÇÃO NESSA MODALIDADE. Janaína Milhomem de Souza/emai-l: janainamilhomem34@gmail.com/Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins-Campus Palmas José Carlos Borges de Sousa/Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins -Campus Palmas Mirene da Cruz Silva/Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins -Campus Palmas Magno Márcio de Azevedo/Professor do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins -Campus Palmas Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Neste artigo propomos discutir o ensino da educação básica denominada EJA- Educação de Jovens e Adultos, que conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96) "É uma modalidade da Educação básica que é destinada a jovens e adultos que não deram continuidade em seus estudos e para aqueles que não tiveram o acesso ao Ensino Fundamental e/ou Médio na idade apropriada." Segundo Gil (2002), "Na pesquisa exploratória, o objetivo está em proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a permitir a construção de hipóteses". Na investigação especuladora realizada em uma única data, no dia 19 de junho de 2018, foi desenvolvida com os alunos do PROEJA - Programa de Educação de Jovens e Adultos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins, projeto instituído em âmbito federal, estabelecido na Lei nº 11.892/2008, e no Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006. A pesquisa tem o intuito de mostrar a percepção dos estudantes a cerca do ensino da matemática nesta modalidade de ensino, ressaltando que este projeto na instituição está reservado para educandos a partir dos quinze anos que não tenham finalizado o ensino fundamental ou acima de dezoito anos que não tenham concluído o ensino médio. Os principais objetivos foram: diagnosticar como ocorre o ingresso de alunos na EJA, verificar quais foram os empecilhos de continuidade do ensino regular, apontar os anseios dos alunos ao retomarem os estudos e saber como os educandos avaliam a categoria de ensino e classificam a dinâmica das aulas de matemática. No início fizemos um breve diagnóstico dos sujeitos da EJA no Tocantins, expondo de forma breve e não de modo generalizado, pois para identificar peculiaridades requereria uma prática pedagógica diferenciada e não tínhamos meios disponíveis para realização de tais vias no momento. Porém, de forma sucinta é possível afirmar que as características econômicas determinam o afastamento e o retorno desses alunos da sala de aula. É importante destacar que com a implantação do Estado e a criação da capital Palmas, há poucas décadas, muitas famílias praticaram o êxodo rural, que é a migração do campo para a cidade em busca de melhores condições de vida, estas pessoas buscavam empregos que não necessitavam de muita escolarização ou de nenhuma qualificação pautável. Percebemos com a aplicação dos questionários que os indivíduos da modalidade educativa são bem diferentes em termos individuais e culturais, e bem parecidos socialmente, eles justificaram o fato de se ausentarem da sala de aula ou de não irem mais a escola durante a infância e adolescência ao fato da necessidade na inserção no mercado de trabalho muito cedo para ajudar nas despesas de casa ou até mesmo para o sustento de toda a família, outro fato bem plausível foi a gravidez na adolescência e a missão de dedicar-se aos filhos, ou por realmente não terem acesso a escolas próximas de suas casas na idade em que deveriam estar frequentando a escola. E quando questionados, sobre a razão de retornarem a sala de aula, a maioria respondeu que almejam uma qualificação ou que sonham em um certificado de nível superior; muitos afirmaram o fato como a realização de um sonho, poder concluir seus estudos e que se veem como orgulho para muitos que mesmo tendo oportunidades não valorizam. Ainda de acordo com a análise de dados coletados através dos questionários aplicados em sala, vimos que existe um favoritismo para a área das exatas, que corresponde a 43,75% dos entrevistados que gostam de matemática, enquanto apenas 12,5% que preferem português. A maioria ressalta gostar muito das aulas de matemática e as consideram interativas e bem dinâmicas, havendo diálogo e bastante compreensibilidade por parte dos discentes e paciência por parte dos docentes. Do ponto de vista social, os alunos da EJA representam um grupo relativamente homogêneo, apartado de escolarização regular e composto, em sua maior parte, por trabalhadores que buscam conquistar melhores empregos ou mais prestigio e rentabilidade no que já exercem, ou simplesmente uma ampliação da sua visão, por meio da formação acadêmica. Analisamos por fim, que o público são em sua maioria jovens que anseiam por melhorias de vida, que voltaram à escola, na expectativa de que ela amplie suas possibilidade e ascensão social e promova uma compreensão mais abrangente da realidade, além da satisfação pessoal de muitos, como ler uma placa, comprar bilhetes de passagens, ou simplesmente escreverem uma carta, por exemplo. Palavras-chave: EJA, Ensino Fundamental e Médio, Motivos do ingresso, ensino da matemática. Referências: Diretrizes e bases da Educação nacional.Disponível Acesso em: 14/10/2018. Educação de Jovens e Adultos.Disponível: Acesso em: 14/10/2018. Proeja. Disponível: http://www.ifto.edu.br/palmas Acesso em: 14/10/2018. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 2002.