FORMAÇÃO INICIAL NO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA DO CURSO DE LETRAS IFCE - CAMPUS CRATEÚS: UM ESTUDO SOBRE OS DOCUMENTOS NORTEADORES Maria Nayane Claudino Sales1/nayaneclaudino15@gmail.com/IFCE campus Crateús Francisca Georgiana do Nascimento Pinho2/georgianapinho1@gmail.com/IFCE campus Crateús Vilmar Ferreira de Souza3/vilmardesouza@unilab.edu.br/IFCE campus Crateús Eixo temático: Políticas educacionais, avaliação e Currículo - com ênfase nas novas demandas curriculares para a formação de professores e para a docência no cotidiano das escolas de educação básica. Resumo O Programa Residência Pedagógica - PRP é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC), por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Foi elaborado em 2017, mas lançado somente no ano de 2018 e sendo desenvolvido por instituições de educação superior (IES), em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino. Tem como objetivo valorizar e aperfeiçoar a formação de professores para a educação básica, além de substituir as disciplinas pedagógicas de estágios nos cursos de licenciaturas. A partir disso, o presente trabalho objetiva relatar como ocorreu a formação dos bolsistas para participarem do PRP no Instituto Federal do Ceará-Campus Crateús, no curso de Licenciatura em Letras, enfatizando a necessidade de políticas públicas no processo de formação profissional. A proposta deste estudo justifica-se pela relevância do processo de formação docente a partir do Programa Residência Pedagógica para o curso de Letras do IFCE campus Crateús, havendo dois meses de estudos dos documentos que norteiam esse programa e de leituras realizadas acerca de seu desenvolvimento em outros estados e instituições de ensino em que ele foi testado, mas que o programa não obteve êxito. As formações tiveram seu início com uma série de palestras e reuniões, nas quais se discutiram os editais CAPES do PRP, institucional e subprojeto, fazendo comparativos com o edital do PIBID anterior e atual. Desse modo, é possível perceber as diferenças entre os programas, além de formar as nossas concepções sobre os atuais editais, percebendo que existe, pontos fortes e alguns pontos falhos que precisam ser melhorados. Alguns desses pontos falhos são apontados no documento formulado pela Associação Nacional de Pós - Graduação e Pesquisa em Educação - ANPEd, diz que, o Programa Residência Pedagógica, a atual política de formação de professores, ganha a sua forma nos estágios, diz-se ser uma política nova, mas que permanece com os seu moldes tradicionais. O documento oficial chama de "a hora da prática" e usa como argumento para tal terminologia que o PRP é uma articulação entre a teoria e prática que surge para o fortalecimento do campo de atuação com o desenvolvimento de projetos, contudo, não passa do tradicional estágio de "Observação, Prática e Regência". Para construção desse trabalho, utiliza-se como metodologia a pesquisa exploratória que, segundo Gil (2008), estuda mais profundamente um assunto pouco conhecido e explorado, estabelecendo hipóteses de acordo com o conhecimento adquirido pelo explorador; e a pesquisa bibliográfica. Para Marconi e Lakatos (2014), esse método possibilita o levantamento de outros trabalhos que abordem o mesmo assunto e assim se apresente um panorama do que já se tem estudado. O trabalho é fundamentado especialmente pelos seguintes autores: Giglio e Lugli (2013); Costa e Fontoura (2015) e Silva (2015). Como resultado das análises feitas nos documentos que guiam o Programa Residência Pedagógica, evidencia-se que, trata-se de um projeto que veio para colocar em prática o que está na Base Nacional Comum Curricular - BNCC, no que se refere à formação de professores, foi possível notar que o documento não deixa claro como ele será contabilizado na carga horária de estágio, sendo uma falha grave do edital, pois o programa foi construído com essa finalidade, isto é, a substituição do estágio. Um ponto bastante positivo é o contato com as escolas de ensino básico e, especialmente, pela autonomia na sala de aula, uma vez que, entende-se que o programa veio para somar nos cursos de licenciaturas e no processo educacional, tanto para quem é do ensino superior quanto para quem é do ensino básico. A partir dessas considerações, conclui-se que o PRP é um grande desafio, pois em sua atual formulação, mostra grandes fragilidades e os bolsistas juntamente com os preceptores e a coordenação, terão a chance de construir esse novo Programa, buscando o êxito, e, principalmente, formando profissionais docentes capacitados e comprometidos com a profissão. Quanto ao nosso objetivo, à formação dos bolsistas, a primeira etapa do programa foi concluída como esperado, com todos os estudos dos documentos que compõem esse programa. Palavras-Chave: Residência Pedagógica, Teoria e Prática, Estágio. Referências Associação Nacional de Pós - Graduação e Pesquisa em Educação. A política de formação de professores no Brasil de 2018: uma análise dos editais CAPES de Residência Pedagógica e PIBIDe a reafirmação da resolução CNE/CP 02/2015. Rio de Janeiro, 2018. BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Disponível em: . Acessado em: 02 out. 2018. 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