Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS E LETRAMENTO LITERÁRIO: REFLEXÕES SOBRE LEITURA ESTÉTICA E EXPERIÊNCIA DE MEDIAÇÃO

"2018-12-03 23:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 52178
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 2469
    "inscrito_id" => 474532
    "titulo" => "FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS E LETRAMENTO LITERÁRIO: REFLEXÕES SOBRE LEITURA ESTÉTICA E EXPERIÊNCIA DE MEDIAÇÃO"
    "resumo" => "FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS E LETRAMENTO LITERÁRIO: REFLEXÕES SOBRE LEITURA ESTÉTICA E EXPERIÊNCIA DE MEDIAÇÃO Fábio José dos Santos/santosfabiojose@hotmail.com/IFAL Isabella Sotero Teixeira dos Santos/IFAL Bárbara Soares Lobo/IFAL Marcelo Cavalcante Filho/IFAL Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores Agência Financiadora: Capes Resumo JUSTIFICATIVA: Têm sido frequentes pesquisas sobre a prática de leitura dos sujeitos, sobretudo no tocante ao trabalho que se desenvolve na educação básica. Veja-se, por exemplo, a quantidade de estudos (dissertações, teses, livros, artigos em periódicos) sobre esse tema desenvolvidos no âmbito da Linguística Aplicada. A história do ensino de literatura na escola revela certo desprezo em relação à natureza estética da literatura (cf. MARINHO & SILVA, 1998; GERALDI, 2013; LOYOLA, 2013, TABAK & FREIRE, 2013; ZILBERMAN & ROSÏNG, 2009; ZILBERMAN & SILVA, 1988, 1990). É preciso discutir a formação docente em Letras, levando-se em consideração a dupla formação do professor de Literatura: ele é a um só tempo leitor e mediador do texto literário. PROBLEMA: Bakhtin (2011, p. 261) afirma que "os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem" e que os "enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo". É preciso, então, assumir-se que a literatura é arte e, como tal, faz-se a partir de uma relação íntima entre uma forma que engendra um conteúdo que só existe porque vinculado a uma estrutura organizada para dizer esteticamente o mundo. No texto literário, muito mais que um querer saber o quê, é um buscar experimentar o como. Nosso objetivo aqui é problematizar em que medida estudantes em formação inicial em Letras e professores de Literatura precisam assumir, na leitura que fazem da literatura e na postura que têm diante dos problemas a ela relacionados, uma voz que revela a autoridade discursiva de um leitor que, de forma emancipada (FREIRE, 2015), se mostra, a um só tempo, curioso - porque inclinado a colocar problemas esteticamente significativos para o texto, questionando-o em seu modo de fazer-se - e contemplativo - visto que, na sua percepção do texto, demora-se, num processo instaurado por um diálogo responsivo-ativo com o objeto. Tal postura é um movimento imprescindível para a atuação desses sujeitos como mediadores da literatura em sala de aula, na escola básica. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: Jonathan Culler (1999) afirma a literatura é um tipo que discurso que coloca a linguagem em primeiro plano, de que resulta um estranhamento no leitor, haja vista as estratégias que o próprio texto apresenta para anunciar-se linguagem que se quer mostrar como tal. O texto literário se caracteriza por supor uma integração da linguagem, pois a literatura é "é linguagem na qual os diversos elementos e componentes do texto entram numa relação complexa" (CULLER, 1999, p. 36), em que os vários níveis do material textual reclamam-se, de modo que expressão e sentido aparecem de maneira indissociável. Pareyson (2001, p. 62) defende que a "arte nasce no ponto em que não há outro modo de exprimir um conteúdo que o de formar uma matéria, e a formação de uma matéria só é arte quando ela própria é a expressão de um conteúdo." As implicações dessa assertiva para o ato da leitura de literatura caminham na direção da exaltação dos valores arquitetônicos do texto, isto é, a particularidade de seu projeto composicional. A percepção do texto em sua formatividade (PAREYSON, 1993) é, pois, um pré-requisito não apenas para a produção, mas também para a leitura; nos dois casos, o sujeito deve experimentar-se "como criador da forma" (BAKTHIN, 2010, p. 58) Trata-se de condição sine qua non para a fruição da literatura e sua mediação na escola; ela suscita a presença responsiva do interlocutor com sua carga de experiência e disposição para o diálogo: "Eu devo experimentar a forma como minha relação axiológica ativa com o conteúdo, para prová-la esteticamente: é na forma e pela forma que eu canto, narro, represento, por meio da forma eu expresso meu amor, minha certeza, minha adesão." (BAKHTIN, 2010, p. 58) Segundo Pareyson, a leitura da arte constitui um "estado de quietude e calma"; mas não se se trata de uma quietude passiva, senão "o cume de uma atividade intensa e operosa, e esta receptividade não tem nada do abandono e do esquecimento de si, porque é antes posse vigilante e imperiosa." (PAREYSON, 2001, p. 206-207) METODOLOGIA: Este trabalho propõe tratar o problema de forma ensaística, fazendo incursões sobre textos teóricos que discutem acerca da leitura literária e do processo de mediação da literatura na escola. Assume, pois, um viés bibliográfico como metodologia. DISCUSSÃO: A realidade das salas de aula de literatura mostra, em boa parte dos casos, uma ausência de compreensão dos docentes quanto às especificidades do discurso literário, gerando leituras que empobrecem a força expressiva dos textosl. O entendimento da relação autor-texto-leitor dirige-nos à ideia de que não se pode realizar uma aproximação significativa da literatura-arte sem se estabelecer um colóquio entre sujeito e objeto. Contemplar esteticamente não supõe um comportamento passivo, de um mero receptor ou de um destinatário da mensagem. Trata-se, antes, de um sujeito que experimenta o objeto vagarosamente, demorando-se diante dele, sem, contudo, esquecer-se de ser ele mesmo, o leitor, um parceiro ativo no processo de interação com a obra. Assim, pode-se dizer que a formação do leitor literário pressupõe um gesto específico de mediação do professor, que, além de pensar as melhores estratégias para realizar esse trabalho em sala de aula, necessita, também, estar familiarizado com as exigências do discurso literário. Conforme sustenta Loyola (2013, p. 121), o "professor de literatura precisa ser antes de tudo um leitor de literatura, da sua singularidade enquanto texto e enquanto obra". Palavras-chave: formação docente em Letras, letramento literário, leitura estética, mediação Referências BAKHTIN, Makhail. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 2010. ______. Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011 CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. São Paulo: Becca, 1999. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo; Rio: Paz e Terra, 2015. GERALDI, João Wanerley. Leitura e mediação. In: BARBOSA, Juliana Bertucci & BARBOSA, Marinalva Vieira. 1. ed. Leitura e mediação: reflexões sobre a formação do professor, Campinas, SP: Mercado de Letras, 2013. LOYOLA, Juliana Silva. Leitura literária e ensino: paradoxos, desafios e propostas. In: In: BARBOSA, Juliana Bertuucci & BARBOSA, Marinalva Vieira. Leitura e mediação: reflexões sobre a formação do professor. 1. ed. Campinas: SP, Mercado de Letras, 2013."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => ""
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:45"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:21:20"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "FABIO JOSE DOS SANTOS"
    "autor_nome_curto" => "FABIO"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 52178
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 2469
    "inscrito_id" => 474532
    "titulo" => "FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS E LETRAMENTO LITERÁRIO: REFLEXÕES SOBRE LEITURA ESTÉTICA E EXPERIÊNCIA DE MEDIAÇÃO"
    "resumo" => "FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS E LETRAMENTO LITERÁRIO: REFLEXÕES SOBRE LEITURA ESTÉTICA E EXPERIÊNCIA DE MEDIAÇÃO Fábio José dos Santos/santosfabiojose@hotmail.com/IFAL Isabella Sotero Teixeira dos Santos/IFAL Bárbara Soares Lobo/IFAL Marcelo Cavalcante Filho/IFAL Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores Agência Financiadora: Capes Resumo JUSTIFICATIVA: Têm sido frequentes pesquisas sobre a prática de leitura dos sujeitos, sobretudo no tocante ao trabalho que se desenvolve na educação básica. Veja-se, por exemplo, a quantidade de estudos (dissertações, teses, livros, artigos em periódicos) sobre esse tema desenvolvidos no âmbito da Linguística Aplicada. A história do ensino de literatura na escola revela certo desprezo em relação à natureza estética da literatura (cf. MARINHO & SILVA, 1998; GERALDI, 2013; LOYOLA, 2013, TABAK & FREIRE, 2013; ZILBERMAN & ROSÏNG, 2009; ZILBERMAN & SILVA, 1988, 1990). É preciso discutir a formação docente em Letras, levando-se em consideração a dupla formação do professor de Literatura: ele é a um só tempo leitor e mediador do texto literário. PROBLEMA: Bakhtin (2011, p. 261) afirma que "os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem" e que os "enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo". É preciso, então, assumir-se que a literatura é arte e, como tal, faz-se a partir de uma relação íntima entre uma forma que engendra um conteúdo que só existe porque vinculado a uma estrutura organizada para dizer esteticamente o mundo. No texto literário, muito mais que um querer saber o quê, é um buscar experimentar o como. Nosso objetivo aqui é problematizar em que medida estudantes em formação inicial em Letras e professores de Literatura precisam assumir, na leitura que fazem da literatura e na postura que têm diante dos problemas a ela relacionados, uma voz que revela a autoridade discursiva de um leitor que, de forma emancipada (FREIRE, 2015), se mostra, a um só tempo, curioso - porque inclinado a colocar problemas esteticamente significativos para o texto, questionando-o em seu modo de fazer-se - e contemplativo - visto que, na sua percepção do texto, demora-se, num processo instaurado por um diálogo responsivo-ativo com o objeto. Tal postura é um movimento imprescindível para a atuação desses sujeitos como mediadores da literatura em sala de aula, na escola básica. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: Jonathan Culler (1999) afirma a literatura é um tipo que discurso que coloca a linguagem em primeiro plano, de que resulta um estranhamento no leitor, haja vista as estratégias que o próprio texto apresenta para anunciar-se linguagem que se quer mostrar como tal. O texto literário se caracteriza por supor uma integração da linguagem, pois a literatura é "é linguagem na qual os diversos elementos e componentes do texto entram numa relação complexa" (CULLER, 1999, p. 36), em que os vários níveis do material textual reclamam-se, de modo que expressão e sentido aparecem de maneira indissociável. Pareyson (2001, p. 62) defende que a "arte nasce no ponto em que não há outro modo de exprimir um conteúdo que o de formar uma matéria, e a formação de uma matéria só é arte quando ela própria é a expressão de um conteúdo." As implicações dessa assertiva para o ato da leitura de literatura caminham na direção da exaltação dos valores arquitetônicos do texto, isto é, a particularidade de seu projeto composicional. A percepção do texto em sua formatividade (PAREYSON, 1993) é, pois, um pré-requisito não apenas para a produção, mas também para a leitura; nos dois casos, o sujeito deve experimentar-se "como criador da forma" (BAKTHIN, 2010, p. 58) Trata-se de condição sine qua non para a fruição da literatura e sua mediação na escola; ela suscita a presença responsiva do interlocutor com sua carga de experiência e disposição para o diálogo: "Eu devo experimentar a forma como minha relação axiológica ativa com o conteúdo, para prová-la esteticamente: é na forma e pela forma que eu canto, narro, represento, por meio da forma eu expresso meu amor, minha certeza, minha adesão." (BAKHTIN, 2010, p. 58) Segundo Pareyson, a leitura da arte constitui um "estado de quietude e calma"; mas não se se trata de uma quietude passiva, senão "o cume de uma atividade intensa e operosa, e esta receptividade não tem nada do abandono e do esquecimento de si, porque é antes posse vigilante e imperiosa." (PAREYSON, 2001, p. 206-207) METODOLOGIA: Este trabalho propõe tratar o problema de forma ensaística, fazendo incursões sobre textos teóricos que discutem acerca da leitura literária e do processo de mediação da literatura na escola. Assume, pois, um viés bibliográfico como metodologia. DISCUSSÃO: A realidade das salas de aula de literatura mostra, em boa parte dos casos, uma ausência de compreensão dos docentes quanto às especificidades do discurso literário, gerando leituras que empobrecem a força expressiva dos textosl. O entendimento da relação autor-texto-leitor dirige-nos à ideia de que não se pode realizar uma aproximação significativa da literatura-arte sem se estabelecer um colóquio entre sujeito e objeto. Contemplar esteticamente não supõe um comportamento passivo, de um mero receptor ou de um destinatário da mensagem. Trata-se, antes, de um sujeito que experimenta o objeto vagarosamente, demorando-se diante dele, sem, contudo, esquecer-se de ser ele mesmo, o leitor, um parceiro ativo no processo de interação com a obra. Assim, pode-se dizer que a formação do leitor literário pressupõe um gesto específico de mediação do professor, que, além de pensar as melhores estratégias para realizar esse trabalho em sala de aula, necessita, também, estar familiarizado com as exigências do discurso literário. Conforme sustenta Loyola (2013, p. 121), o "professor de literatura precisa ser antes de tudo um leitor de literatura, da sua singularidade enquanto texto e enquanto obra". Palavras-chave: formação docente em Letras, letramento literário, leitura estética, mediação Referências BAKHTIN, Makhail. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 2010. ______. Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011 CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. São Paulo: Becca, 1999. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo; Rio: Paz e Terra, 2015. GERALDI, João Wanerley. Leitura e mediação. In: BARBOSA, Juliana Bertucci & BARBOSA, Marinalva Vieira. 1. ed. Leitura e mediação: reflexões sobre a formação do professor, Campinas, SP: Mercado de Letras, 2013. LOYOLA, Juliana Silva. Leitura literária e ensino: paradoxos, desafios e propostas. In: In: BARBOSA, Juliana Bertuucci & BARBOSA, Marinalva Vieira. Leitura e mediação: reflexões sobre a formação do professor. 1. ed. Campinas: SP, Mercado de Letras, 2013."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => ""
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:45"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:21:20"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "FABIO JOSE DOS SANTOS"
    "autor_nome_curto" => "FABIO"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS E LETRAMENTO LITERÁRIO: REFLEXÕES SOBRE LEITURA ESTÉTICA E EXPERIÊNCIA DE MEDIAÇÃO Fábio José dos Santos/santosfabiojose@hotmail.com/IFAL Isabella Sotero Teixeira dos Santos/IFAL Bárbara Soares Lobo/IFAL Marcelo Cavalcante Filho/IFAL Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores Agência Financiadora: Capes Resumo JUSTIFICATIVA: Têm sido frequentes pesquisas sobre a prática de leitura dos sujeitos, sobretudo no tocante ao trabalho que se desenvolve na educação básica. Veja-se, por exemplo, a quantidade de estudos (dissertações, teses, livros, artigos em periódicos) sobre esse tema desenvolvidos no âmbito da Linguística Aplicada. A história do ensino de literatura na escola revela certo desprezo em relação à natureza estética da literatura (cf. MARINHO & SILVA, 1998; GERALDI, 2013; LOYOLA, 2013, TABAK & FREIRE, 2013; ZILBERMAN & ROSÏNG, 2009; ZILBERMAN & SILVA, 1988, 1990). É preciso discutir a formação docente em Letras, levando-se em consideração a dupla formação do professor de Literatura: ele é a um só tempo leitor e mediador do texto literário. PROBLEMA: Bakhtin (2011, p. 261) afirma que "os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem" e que os "enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo". É preciso, então, assumir-se que a literatura é arte e, como tal, faz-se a partir de uma relação íntima entre uma forma que engendra um conteúdo que só existe porque vinculado a uma estrutura organizada para dizer esteticamente o mundo. No texto literário, muito mais que um querer saber o quê, é um buscar experimentar o como. Nosso objetivo aqui é problematizar em que medida estudantes em formação inicial em Letras e professores de Literatura precisam assumir, na leitura que fazem da literatura e na postura que têm diante dos problemas a ela relacionados, uma voz que revela a autoridade discursiva de um leitor que, de forma emancipada (FREIRE, 2015), se mostra, a um só tempo, curioso - porque inclinado a colocar problemas esteticamente significativos para o texto, questionando-o em seu modo de fazer-se - e contemplativo - visto que, na sua percepção do texto, demora-se, num processo instaurado por um diálogo responsivo-ativo com o objeto. Tal postura é um movimento imprescindível para a atuação desses sujeitos como mediadores da literatura em sala de aula, na escola básica. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: Jonathan Culler (1999) afirma a literatura é um tipo que discurso que coloca a linguagem em primeiro plano, de que resulta um estranhamento no leitor, haja vista as estratégias que o próprio texto apresenta para anunciar-se linguagem que se quer mostrar como tal. O texto literário se caracteriza por supor uma integração da linguagem, pois a literatura é "é linguagem na qual os diversos elementos e componentes do texto entram numa relação complexa" (CULLER, 1999, p. 36), em que os vários níveis do material textual reclamam-se, de modo que expressão e sentido aparecem de maneira indissociável. Pareyson (2001, p. 62) defende que a "arte nasce no ponto em que não há outro modo de exprimir um conteúdo que o de formar uma matéria, e a formação de uma matéria só é arte quando ela própria é a expressão de um conteúdo." As implicações dessa assertiva para o ato da leitura de literatura caminham na direção da exaltação dos valores arquitetônicos do texto, isto é, a particularidade de seu projeto composicional. A percepção do texto em sua formatividade (PAREYSON, 1993) é, pois, um pré-requisito não apenas para a produção, mas também para a leitura; nos dois casos, o sujeito deve experimentar-se "como criador da forma" (BAKTHIN, 2010, p. 58) Trata-se de condição sine qua non para a fruição da literatura e sua mediação na escola; ela suscita a presença responsiva do interlocutor com sua carga de experiência e disposição para o diálogo: "Eu devo experimentar a forma como minha relação axiológica ativa com o conteúdo, para prová-la esteticamente: é na forma e pela forma que eu canto, narro, represento, por meio da forma eu expresso meu amor, minha certeza, minha adesão." (BAKHTIN, 2010, p. 58) Segundo Pareyson, a leitura da arte constitui um "estado de quietude e calma"; mas não se se trata de uma quietude passiva, senão "o cume de uma atividade intensa e operosa, e esta receptividade não tem nada do abandono e do esquecimento de si, porque é antes posse vigilante e imperiosa." (PAREYSON, 2001, p. 206-207) METODOLOGIA: Este trabalho propõe tratar o problema de forma ensaística, fazendo incursões sobre textos teóricos que discutem acerca da leitura literária e do processo de mediação da literatura na escola. Assume, pois, um viés bibliográfico como metodologia. DISCUSSÃO: A realidade das salas de aula de literatura mostra, em boa parte dos casos, uma ausência de compreensão dos docentes quanto às especificidades do discurso literário, gerando leituras que empobrecem a força expressiva dos textosl. O entendimento da relação autor-texto-leitor dirige-nos à ideia de que não se pode realizar uma aproximação significativa da literatura-arte sem se estabelecer um colóquio entre sujeito e objeto. Contemplar esteticamente não supõe um comportamento passivo, de um mero receptor ou de um destinatário da mensagem. Trata-se, antes, de um sujeito que experimenta o objeto vagarosamente, demorando-se diante dele, sem, contudo, esquecer-se de ser ele mesmo, o leitor, um parceiro ativo no processo de interação com a obra. Assim, pode-se dizer que a formação do leitor literário pressupõe um gesto específico de mediação do professor, que, além de pensar as melhores estratégias para realizar esse trabalho em sala de aula, necessita, também, estar familiarizado com as exigências do discurso literário. Conforme sustenta Loyola (2013, p. 121), o "professor de literatura precisa ser antes de tudo um leitor de literatura, da sua singularidade enquanto texto e enquanto obra". Palavras-chave: formação docente em Letras, letramento literário, leitura estética, mediação Referências BAKHTIN, Makhail. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 2010. ______. Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011 CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. São Paulo: Becca, 1999. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo; Rio: Paz e Terra, 2015. GERALDI, João Wanerley. Leitura e mediação. In: BARBOSA, Juliana Bertucci & BARBOSA, Marinalva Vieira. 1. ed. Leitura e mediação: reflexões sobre a formação do professor, Campinas, SP: Mercado de Letras, 2013. LOYOLA, Juliana Silva. Leitura literária e ensino: paradoxos, desafios e propostas. In: In: BARBOSA, Juliana Bertuucci & BARBOSA, Marinalva Vieira. Leitura e mediação: reflexões sobre a formação do professor. 1. ed. Campinas: SP, Mercado de Letras, 2013.

Compartilhe:

Visualização do Artigo

Infelizmente, não conseguimos localizar o arquivo para download. Mas não se preocupe, nossa equipe já foi notificada do problema e já estamos trabalhando para a resolução! Tente novamente mais tarde!

Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.