Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

A FORMAÇÃO ACADÊMICA DOCENTE NO INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ (IFCE) : PERCURSOS E DESAFIOS

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Nos anos de 1990, evidenciou-se maior atenção à formação dos professores na Educação brasileira, principalmente, após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) no 9.394/96. No art. 66, ela estabelece que os docentes tenham nível de pós-graduação, majoritariamente em mestrado e doutorado, para lecionarem no ensino superior. Para o exercício do magistério na Educação Básica, essa lei prevê ainda os cursos regulares de graduação (licenciatura) e os programas de formação pedagógica, destinados àqueles que têm outras graduações. Não há, entretanto, uma abordagem expressa na LDBEN/96 acerca da formação docente para a EPT no patamar de graduação, ficando esta submissa às orientações gerais de outras modalidades, sem maiores preocupações com sua especificidade. Essa situação revela o não reconhecimento da docência na EPT como um campo de conhecimento com identidade própria, contribuindo para que, ainda hoje, se recrutem professores para essa modalidade de educação, fiando-se apenas em sua formação específica e experiência prática.Tomando essa problemática, objetiva-se, neste trabalho, analisar o perfil formativo e profissional dos professores bacharéis e tecnólogos que atuam na Educação Profissional e Tecnológica, especialmente, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE), campus Maracanaú. Acredita-se que tal análise possa contribuir para o aprofundamento dos estudos sobre a importância da formação didático-pedagógica dos docentes que atuam nesse contexto de ensino. Para compreensão dessa temática, utilizou-se como referencial teórico autores, como: Saviani (2007), Machado (2011), Peterossi e Menino (2012), Kuenzer (2010), Pimenta (2002), dentre outros. O estudo seguiu os procedimentos indicados pela abordagem qualitativa de pesquisa do tipo estudo de caso realizado no IFCE, Campus Maracanaú junto a oito professores que lecionam nos cursos técnicos e superiores da área da indústria. Para tanto, foi realizada uma coleta de dados a partir de um questionário de autopreenchimento, enfocando duas categorias temáticas: a situação profissional e funcional na instituição de ensino e o percurso de formação acadêmica.Os dados coletados apontam que todos os participantes da pesquisa são efetivos e a maioria (05) deles têm entre 30 e 38 anos. Em relação ao tempo de atuação docente, quatro professores tem entre 4 e 5 anos de IFCE e quatro tem entre 8 e 9 anos de instituição. Desse total, com exceção de três, todos tem experiência docente no ensino médio regular, mas não no ensino técnico de nível médio, embora todos eles tenham afirmado que tem experiência profissional na área que ensina. Destacamos que apenas um docente informou que atua exclusivamente nos cursos tecnológicos (tecnologia em manutenção industrial), os demais atuam também em cursos técnicos (técnico em automação industrial), em outra graduação e até mesmo em pós-graduação, haja vista que o IFCE é uma instituição de Educação Superior, básica e profissional. Ainda sobre o perfil formativo e profissional dos professores, todos consideram que a sua atuação está relacionada com a área de sua formação inicial e para sete deles o regime de trabalho é dedicação exclusiva (DE) e um assume outra atividade além da docência na própria instituição, como a gestão. Em relação ao percurso de formação acadêmica, dos oito professores participantes da pesquisa, sete são bacharéis, sendo dois engenheiros mecânicos, três engenheiros eletricistas, dois engenheiros de produção, e um é tecnólogo em eletromecânica. Três concluíram ensino técnico,dois possuem licenciatura,todos têm pós-graduação na área e dois disseram que tem formação complementar para o exercício da docência, especialmente voltada para a Educação a Distância (EAD). Cabe destacar que todos os participantes da pesquisa disseram que esses cursos contribuíram para o exercício da docência, principalmente, pelo aprimoramento dos conteúdos e pelos conhecimentos adquiridos sobre metodologias de ensino. No tocante à formação didático-pedagógica, a maioria (05) a considera satisfatória, mesmo não tendo concluído cursos dessa natureza.O estudo aponta para a importância da constituição de uma política direcionada para a formação didático-pedagógica dos professores que já exercem suas funções nos cursos tecnológicos do IFCE no intuito de contribuir para a ressignificação dos seus conhecimentos e o desenvolvimento de experiências voltadas para uma práxis docente planejada, crítica e reflexiva e contextualizada. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, DF, ano134, n. 248, p. 27833-27841, dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em 10 jan.2018 KUENZER, A.Z. Formação de professores para a educação profissional e tecnológica. DALBEN, A.; DINIZ, J.; LEAL, L.; SANTOS, L. (ORGS.). Convergências tensões no campo da formação e do trabalho docente. Belo Horizonte: Autêntica, 2010, pp. 479-496. MACHADO, L. R. de S. Formação de Professores para a Educação Profissional e Tecnológica: perspectivas históricas e desafios contemporâneos. In: MEC/INEP. (Org.). Formação de Professores para Educação Profissional e Tecnológica. 1ª ed. Brasília: MEC/INEP, 2011, v. 8, p. 67-82. PETEROSSI; MENINO, S.E. Caminho e tendências da formação de professores de educação profissional técnica de nível médio. CUNHA, C. da; SOUSA, J.V. de; SILVA, M.A. da Universidade e educação básica: políticas e articulações possíveis. Brasília, Liber livro, 2012. PIMENTA, S.G. Professor reflexivo: construindo uma crítica. In. PIMENTA, Selma G.; GHEDIN, Evandro (orgs). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2002. SAVIANI. Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos. Revista Brasileira de Educação, v. 12 n. 34 jan./abr. 2007. "
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Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, DF, ano134, n. 248, p. 27833-27841, dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em 10 jan.2018 KUENZER, A.Z. Formação de professores para a educação profissional e tecnológica. DALBEN, A.; DINIZ, J.; LEAL, L.; SANTOS, L. (ORGS.). Convergências tensões no campo da formação e do trabalho docente. Belo Horizonte: Autêntica, 2010, pp. 479-496. MACHADO, L. R. de S. Formação de Professores para a Educação Profissional e Tecnológica: perspectivas históricas e desafios contemporâneos. In: MEC/INEP. (Org.). Formação de Professores para Educação Profissional e Tecnológica. 1ª ed. Brasília: MEC/INEP, 2011, v. 8, p. 67-82. PETEROSSI; MENINO, S.E. Caminho e tendências da formação de professores de educação profissional técnica de nível médio. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

As discussões sobre a importância da formação didático-pedagógica de professores na Educação Profissional e Tecnológica (EPT) crescem no âmbito da expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT), consequentemente, nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF´s), onde cada vez mais ingressam profissionais liberais, como engenheiros e químicos, que atuam como docentes em distintos cursos de Educação Superior, inclusive, tecnológicos. Tais professores não licenciados, ou seja, bacharéis e tecnólogos, embora dominem suas variadas áreas do saber, não realizaram, em sua graduação, estudos voltados para os processos de ensino-aprendizagem que envolvem a área da Pedagogia, incluindo Didática, Planejamento de Ensino, Avaliação da Aprendizagem etc, além dos fundamentos sociológicos, filosóficos e psicológicos da Educação que contribuem para o esclarecimento do fenômeno educativo no contexto histórico-social. Nos anos de 1990, evidenciou-se maior atenção à formação dos professores na Educação brasileira, principalmente, após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) no 9.394/96. No art. 66, ela estabelece que os docentes tenham nível de pós-graduação, majoritariamente em mestrado e doutorado, para lecionarem no ensino superior. Para o exercício do magistério na Educação Básica, essa lei prevê ainda os cursos regulares de graduação (licenciatura) e os programas de formação pedagógica, destinados àqueles que têm outras graduações. Não há, entretanto, uma abordagem expressa na LDBEN/96 acerca da formação docente para a EPT no patamar de graduação, ficando esta submissa às orientações gerais de outras modalidades, sem maiores preocupações com sua especificidade. 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