Desde os primórdios da história humana, existia uma íntima ligação entre educação e literatura e era impossível falar de uma sem citar a outra. Porém, com a chegada da modernidade, iniciada com o fim da idade média, foi-se criando cada vez mais uma divisão entre essas duas coisas, e as grandes obras Clássicas, os mitos, os contos de fadas, e muitas das histórias e canções do folclore passaram a servir como mero entretenimento, já que agora a educação ficava a critério exclusivamente das escolas através do ensino técnico e formal. Com base nisso, essa pesquisa se propõe a analisar o conceito de educação, imaginação moral e imaginário, tal como apresentado por alguns pensadores, vendo as relações entre esses três conceitos para com isso, especificamente, apresentar a visão dos autores acerca da relação entre a literatura e a educação, compreender o processo de formação do imaginário e de sua importância para a educação e entender como a imaginação moral deve servir de base para a formação do imaginário. Vemos que essa pesquisa é de elevada importância por tratar-se de uma temática a qual parece ter sido esquecida pelos pensadores modernos, mas que esteve presente na maior parte da história da humanidade, e esperamos que, através desse trabalho, possamos despertar o interesse de certas pessoas para o assunto, fazendo com que as discussões em torno desse tema voltem à tona no nosso mundo e façam-nos questionar se as “clássicas” opções apresentadas para melhorar a qualidade de nossa educação - a saber: maiores investimentos na área da educação, maior preocupação do estado, democratização da escolarização, etc - realmente levariam a algum lugar. No fim, concluiu-se que a imaginação moral, entendida como a capacidade humana de reconhecer padrões éticos, presente na formação do imaginário, que entendemos como o campo onde as imagens captadas pelos sentidos são cultivadas, é de suma importância à educação, possibilitando que o educando possa passar a ver as coisas como coisas fora de si mesmo, como coisas reais, e, a partir daí, reconhecer a verdadeira essência dele mesmo e do mundo que o cerca.